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Oriente Médio

EUA dizem buscar mais formas de pressionar o Irã

21 mar 2012 - 01h00
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O governo Obama busca mais maneiras de conter o programa nuclear iraniano, e está animado com o apoio recebido dos principais parceiros comerciais de Teerã, disse na terça-feira o secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner.

"Vamos continuar buscando maneiras para podermos fazer mais pressão", disse Geithner em uma audiência no Congresso. "Estamos fazendo progressos realmente substanciais, e nossa esperança evidentemente é alterarmos os cálculos do Irã acerca do seu interesse em buscar capacidades nucleares."

Os EUA e seus aliados suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares secretamente, embora Teerã insista no caráter pacífico das suas atividades.

Vários países estão reduzindo suas importações de petróleo do Irã para evitarem sanções americanas que entram em vigor no final de junho. Se os países não conseguirem reduzir significativamente seu consumo de combustível iraniano, suas instituições financeiras podem perder o acesso aos mercados dos EUA.

Sob pressão de Washington, a União Europeia também adotou penalidades semelhantes contra o Banco Central iraniano, e suas agências reguladoras determinaram que o principal sistema mundial de pagamentos eletrônicos, conhecido como Swift, impeça que certos bancos estatais iranianos o usem para a transferência de fundos.

Falando numa audiência da Comissão de Serviços Financeiros da Câmara a respeito do estado do sistema financeiro global, Geithner declarou que o apoio às ações dos EUA contra o Irã vai bem além da Europa. "A gente está vendo Japão, Coreia do Sul, China e países do mundo todo realmente se mexendo conosco para apertar (as sanções ao Irã)", afirmou.

O Japão disse estar próximo de um acordo com os EUA a respeito de quanto petróleo iraniano o país deixará de importar para conseguir uma isenção na lei americana. E outros países manifestaram a intenção de colaborar com os EUA.

A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, prometeu suprir a eventual demanda descoberta pela perda do fornecimento iraniano - o que contribuiu para que na terça-feira o preço do petróleo tipo Brent caísse para cerca de US$ 124 por barril. Geithner disse que a declaração da Arábia Saudita foi "um sinal muito construtivo".

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