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Estados Unidos

EUA devem resgatar bombas lançadas na Barreira de Coral australiana

26 jul 2013 - 04h16
(atualizado às 04h37)
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A Marinha dos Estados Unidos localizará e recuperará quatro bombas que foram lançadas nas imediações da Grande Barreira de Coral, incluída na lista de Patrimônio da Humanidade, durante manobras militares realizadas nas últimas semanas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

A Sétima Frota, que se encontra desdobrada no litoral do Japão, foi designada para assumir a operação de resgate dos artefatos junto às autoridades australianas, apontou o jornal Herald Sun.

As bombas, dois "inertes" e outras duas "desativadas", foram lançadas no último dia 16 de julho por dois aviões AV-8B Harrier americanos. Na ocasião, as aeronaves sobrevoavam a Grande Barreira de Coral, localizada no Pacífico sul, após detectar embarcações civis na área designada ao exercício militar.

As autoridades da Reserva Marinha da Grande Barreira de Coral - considerada como o maior sistema de corais do mundo - querem que os Estados Unidos recuperem as bombas, já que duas delas contêm 250 quilogramas de poderosos explosivos, embora sem detonador.

Fontes militares americanos asseguram que somente uma explosão nuclear seria capaz de detonar as bombas desativadas.

"O Exército dos Estados Unidos é consciente de sua responsabilidade profissional para diminuir os possíveis impactos ambientais durante seus exercícios e operações", indicou a Marinha americana em comunicado.

As manobras militares fazem parte do programa bienal "Talisman Sabre", realizadas de maneira conjunta pelas tropas dos Estados Unidos e da Austrália entre 15 de julho e 5 de agosto.

A Grande Barreira de Coral, que abriga 400 espécies de corais, 1,5 mil espécies de peixes e 4 mil tipos de moluscos, começou a se deteriorar na década de 1990 pelo impacto do aquecimento da água do mar e o aumento de sua acidez pela maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.

Em junho, o recife quase entrou na lista de Patrimônio Mundial Ameaçado da Unesco, devido ao impacto negativo dos projetos mineiros e energéticos na zona.

Recentemente, a organização ambientalista "Amigos da Terra" divulgou um estudo que denuncia o impacto ambiental e social das bases e exercícios militares americanos na Austrália.

EFE   
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