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Oriente Médio

EUA buscam "novas formas" para ajudar a Faixa de Gaza

7 jun 2010 - 14h54
(atualizado às 15h37)
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira que o país está procurando "novas formas" de ajudar a Faixa de Gaza, que enfrenta um bloqueio imposto por Israel.

Joe Biden conversa com Hosni Mubarak durante um encontro em um resort no Egito
Joe Biden conversa com Hosni Mubarak durante um encontro em um resort no Egito
Foto: Reuters

Biden fez a declaração depois de uma reunião de 90 minutos com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, no resort egípcio de Sharm El-Sheikh.

Biden afirmou que os Estados Unidos estão trabalhando com o Egito e outros parceiros em novas formas para "tratar dos aspectos humanitários, econômicos, de segurança e política da situação".

De acordo com a correspondente da BBC no Cairo Yolande Knell, a reunião ocorreu em meio a um clima de crescente tensão regional, depois dos ataques de Israel contra uma frota de barcos que levava centenas de ativistas pró-Palestina, que deixou nove ativistas mortos na semana passada.

Na madrugada desta segunda-feira, a Marinha israelense voltou a atacar. Desta vez, abriu fogo contra um barco palestino na costa de Gaza, matando cinco pessoas, de acordo com a rádio do Exército de Israel.

Abertura

A visita de Biden ao Egito é parte de uma viagem à África que também passará pelo Quênia e pela África do Sul, onde o vice-presidente deve representar o país na abertura da Copa do Mundo.

Biden diz que discutiu com Mubarak os esforços de paz entre Israel e palestinos, os conflitos no Afeganistão e Iraque, a situação política no Sudão e o polêmico programa nuclear no Irã.

Depois do ataque israelense, o presidente egípcio ordenou que a passagem de Rafah, o único posto de fronteira de Gaza que não leva ao território israelense, permaneça aberta por tempo indeterminado para receber ajuda humanitária.

O embaixador americano em Israel, Michael Oren, afirmou que as mortes de ativistas no ataque devem ser investigadas com um inquérito conduzido por Israel.

Os Estados Unidos já afirmaram que a política israelense de bloqueio à Faixa de Gaza é insustentável e precisava ser mudada.

Por outro lado, o próprio Biden anteriormente já defendeu o que definiu como o direito absoluto de Israel de lidar com seus interesses no setor de segurança.

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