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Estados Unidos

EUA: analista é suspeito do vazamento de relatórios afegãos

28 jul 2010 - 13h31
(atualizado às 14h11)
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O Pentágono confirmou nesta quarta que o principal suspeito do vazamento de documentos classificados sobre a guerra no Afeganistão é o analista de inteligência Bradley Manning, que foi cogitado como possível fonte desde o dia da divulgação do caso.

A mãe do australiano Julian Assange (foto), afirmou na última terça-feira que não quer que seu filho seja "caçado" pela Interpol pelas duas acusações de estupro que pesam contra ele na justiça sueca. Christine Assange, disse sentir-se "como qualquer outra mãe se sentiria, bastante angustiada" pelo fato de que autoridades estão procurando seu filho. "Ele é meu filho e eu o amo, e obviamente não quero que ele seja caçado e preso", disse
A mãe do australiano Julian Assange (foto), afirmou na última terça-feira que não quer que seu filho seja "caçado" pela Interpol pelas duas acusações de estupro que pesam contra ele na justiça sueca. Christine Assange, disse sentir-se "como qualquer outra mãe se sentiria, bastante angustiada" pelo fato de que autoridades estão procurando seu filho. "Ele é meu filho e eu o amo, e obviamente não quero que ele seja caçado e preso", disse
Foto: Reuters

O Departamento de Defesa americano acredita que Manning, de 22 anos, acusado no mês passado de vazar outros documentos ao site WikiLeaks, teve acesso à rede global classificada do exército e ao sistema de e-mails e descarregou dezenas de milhares de documentos, segundo um alto funcionário do Pentágono citado pela CNN.

O departamento dirigido por Robert Gates suspeita agora que Manning entrou na rede altamente protegida e classificada Secret Internet Protocol Router Network (SIPRNET), que fornece acesso a e-mails e ao sistema de internet classificado do Pentágono aos militares que têm a autorização adequada, de acordo com as mesmas fontes.

Para poder ter acesso a estes sistemas, o pessoal autorizado precisa de senhas e de passar por outras medidas de controle, como o acesso físico, para conectar-se a sistemas específicos que fornecem informação classificada nos mais altos níveis.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se negou a revelar quem forneceu ao site os cerca de 91 mil documentos militares sobre a guerra do Afeganistão.

Entre outras coisas, os relatórios militares revelam operações encobertas, mortes de civis que nunca foram divulgadas publicamente e denunciam a ajuda dos serviços secretos paquistaneses ao movimento talibã.

Manning foi detido no final de maio depois que o hacker Adrian Lambo denunciou o analista por ter descarregado 260 mil documentos classificados e tê-los enviado ao WikiLeaks.

O Pentágono apresentou no dia 5 de julho oito acusações contra Manning, que é acusado, entre outras coisas, de ter vazado ao WikiLeaks um vídeo de um ataque aéreo americano no Iraque em julho de 2007.

Manning ainda não se pronunciou sobre sua culpabilidade ou inocência, porque ainda não foi decidido se haverá um julgamento sobre ele.

Depois de ser detido, ele foi enviado a uma base militar no Kuwait, onde ainda permanece. O exército está tentando investigar quais eram seus contatos.

EFE   
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