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Estados Unidos

EUA admitem que espionagem eletrônica ultrapassou limites da lei

21 ago 2013 - 17h11
(atualizado às 18h02)
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Os Estados Unidos admitiram nesta quarta-feira que algumas práticas de espionagem mantidas pela inteligência americana ultrapassam os limites estabelecidos pela lei. Segundo informações obtidas pelas agências AFP e Reuters, a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) espionou a comunicação eletrônica de cidadãos americanos em um programa que foi declarado ilegal por um juiz em 2011.

O programa em questão, de escopo e abrangência ainda não especificados, teria sido usado entre 2008 e 2011, para ser posteriormente abandonado. Durante estes anos, pelo menos 56 mil emails de cidadãos americanos teriam sido coletados de modo ilegal e não-intencional. Segundo as fontes das agências, que pediram para ter suas identidades mantidas sob sigilo, o objetivo do programa era garimpar mensagens eletrônicas de indivíduos suspeitos de ligação com atividades terroristas, mas uma falha eletrônica levou à coleção de emails de cidadãos ordinários. A NSA teria decidido se desfazer do material uma vez que a falha foi identificada, em 2011.

Estas informações representam a primeira admissão do governo americano de abusos no serviço de espionagem desde que o ex-funcionário da inteligência Edward Snowden denunciou um vasto esquema de monitoramento das conversas e trocas de mensagens de cidadãos americanos sob os auspícios da NSA. Snowden, que fez as denúncias por considerar que as práticas da NSA violavam direitos básicos da privacidade dos cidadãos, está atualmente exilado na Rússia, onde obteve um asilo temporário em sua fuga da Justiça americana.

Estas informações sobre uma falha técnica que levou à ultrapassagem de barreiras legais do direito dos cidadãos vêm à luz, informam ainda as agências, como uma tentativa do governo Barack Obama no sentido de aumentar a transparência e a confiabilidade dos serviços de inteligência dos Estados Unidos à luz do escândalo e da pressão erigidos após as denúncias de Snowden.

Fonte: Terra
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