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Estados Unidos

EUA admitem morte de crianças em campanha contra Estado Islâmico

21 mai 2015 - 21h17
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Duas crianças foram mortas provavelmente por um ataque aéreo dos Estados Unidos na Síria em novembro, afirmou o Exército dos EUA nesta quinta-feira, na primeira vez em que o Pentágono reconheceu a morte de civis desde que começou uma campanha aérea contra os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Crianças brincam nos restos de um carro queimado em Aleppo, na Síria, em fevereiro. 16/02/2015
Crianças brincam nos restos de um carro queimado em Aleppo, na Síria, em fevereiro. 16/02/2015
Foto: Hosam Katan / Reuters

Dois adultos não-combatentes também ficaram levemente feridos nos ataques aéreos de novembro, que alvejavam uma instalação de explosivos operada pelo Grupo Khorasan, ligado à Al Qaeda, disse o Comando Central das Forças Armadas dos EUA, depois de uma investigação.

Houve várias dezenas de relatos de vítimas civis na campanha de bombardeio da coalizão, que começou em 8 de agosto, mas a investigação divulgada na quinta-feira foi a primeira vez que o Exército norte-americano confirmou que as mortes de civis eram prováveis.

Os militares examinaram 46 relatórios separados de vítimas civis desde 8 de agosto, disse uma porta-voz do Pentágono. Desse número, 35 não eram críveis ou o departamento não tinha informação suficiente para avaliá-los.

Três das alegações, envolvendo três incidentes separados, estão sendo investigadas para determinar a causa das lesões. A credibilidade de seis outras acusações ainda está sendo avaliada, disse ela.

As prováveis mortes admitidas nesta quinta-feira ocorreram em 5 e 6 de novembro, quando aviões dos EUA atingiram uma instalação do Grupo Khorasan perto de Harim City, na Síria, que foi usada para a fabricação de explosivos e bombas improvisadas, de acordo com uma investigação divulgada nesta quinta-feira.

"Nós lamentamos a perda não intencional de vidas", disse o tenente-general James Terry, chefe da força militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado islâmico. "A coalizão continua a tomar todas as medidas razoáveis durante o processo para mitigar os riscos para os não-combatentes."

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