Empresa britânica pagará conta por vazamento, diz Obama
2 mai2010 - 15h44
(atualizado às 19h24)
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Em visita ao Estado da Louisiana, o presidente americano Barack Obama afirmou neste domingo que a companhia britânica BP é claramente "responsável" pelo enorme derramamento de petróleo no Golfo do México e deverá pagar pela limpeza.
"Então me deixem ser claros: BP é responsável por esse vazamento e vai pagar a conta", disse Obama aos jornalistas. "Mas, como presidente dos Estados Unidos, não vou economizar esforços para reagir a esta crise pelo tempo que for necessário".
Obama qualificou de "potencialmente sem precedentes" os danos ecológicos e econômicos causados pelo vazamento. "Agora, eu acredito que os americanos estão cientes, certamente o povo do Golfo está ciente, de que estamos lidando com um grande e potencialmente sem precedentes desastre ambiental".
"O petróleo que ainda está vazando pode danificar seriamente a economia e o meio-ambiente de nossos estados do Golfo. Isso pode durar por muito tempo. Isso pode pôr em perigo a subsistência de milhares de americanos que chamam esse lugar de casa", disse.
O presidente viajou acompanhado do chefe de Gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel; seu principal assessor antiterrorista, John Brennan; a assessora em temas energéticos, Carol Browner; e o porta-voz da residência oficial, Robert Gibbs, entre outros.
Para os críticos, a Casa Branca não reagiu com rapidez suficiente ao vazamento iniciado após a explosão, no último dia 20, e o posterior afundamento de uma plataforma de petróleo no Golfo do México.
Não falta quem fale que o vazamento pode se transformar no "Katrina" de Obama, em referência ao furacão que devastou Nova Orleans em 2005 e que abalou a popularidade do então presidente George W. Bush por causa da lentidão oficial na resposta à tragédia.
Entretanto, a secretária de Segurança Nacional americana, Janet Napolitano, minimizou as críticas ao apontar que o Governo esteve alerta desde o primeiro momento.
"A resposta física no terreno aconteceu desde o primeiro dia como se fosse o caso de uma falha catastrófica", afirmou Napolitano neste domingo, ao dizer que o Governo americano está utilizando todos os recursos ao seu alcance para minimizar o impacto do vazamento.
As últimas estimativas indicam que o vazamento foi de aproximadamente 800 mil l de petróleo diários, embora Lamar McKay, presidente da British Petroleum (BP) nos EUA, empresa concessionária da plataforma afundada, tenha declarado neste domingo que é impossível prever a magnitude do derramamento.
O executivo insistiu que uma falha técnica do mecanismo que deveria ter sido ativado para vedar o poço explica por que o petróleo continua fluindo livremente.
Braços robóticos trabalham no fundo do mar para tentar fechar o poço.
McKay adiantou que a gigantesca estrutura erguida pela companhia para conter o vazamento pode estar instalada no prazo de "seis a oito dias".
Tal estrutura é uma espécie de cúpula gigante que seria colocada sobre os pontos de vazamento. O petróleo se acumularia dentro da citada cúpula para ser bombeado para fora dela, evitando assim o vazamento no mar.
O secretário do Interior dos EUA, Ken Salazar, disse neste domingo, em declarações à rede de televisão americana NBC, que uma "solução definitiva" para o vazamento pode demorar três meses para ser obtida.
Essa solução implica na construção de um poço alternativo por meio do qual um líquido mais pesado que o petróleo seria injetado, impedindo a saída do combustível.
Até que isso aconteça, explicou Salazar, "muito petróleo pode continuar fluindo".
A Casa Branca, por sua vez, antecipou que não concederá novos contratos de explorações petrolíferas em águas profundas a menos que existam garantias suficientes para prevenir uma situação similar à atual.
Enquanto isso, o Governo dos EUA começou um processo de inspeção dos sistemas de vedação dos poços nas quase 30 mil plataformas instaladas no Golfo do México.
O vazamento aconteceu semanas depois de Obama ter dado sinal verde a novas explorações petrolíferas nas regiões central e sul do Atlântico e do Golfo do México.
Óleo é visto em torno do navio petroleiro Joe Griffin, assim que chega ao local onde ocorreu a explosão da plataforma Deepwater, no Golfo do México
Foto: AP
Mancha de óleo toma conta do mar na costa de Louisiana, no Golfo do México
Foto: AP
Uma plataforma é rodeada por manchas de óleo, no rio Mississippi
Foto: Reuters
Pescadores da região auxiliam como voluntários no carregamento de bóias, em Louisiana
Foto: AFP
Tartaruga morta é vista nas areias da praia de Saint Louis, no Mississipi
Foto: AFP
Tartaruga coberta por óleo é encontrada morta em Pass Christian, costa do Mississipi
Foto: AP
Pássaros cobertos por óleo são vistos na Ilha Brenton Sound, no Golfo do México, ao sul de Lousiana
Foto: AFP
Pássaro manchado pelo óleo voa pela costa de Lousiana
Foto: AFP
Imagem de satélite mostra mancha no contorno da costa de Lousiana
Foto: AFP
Plataforma de petróleo explodiu e pegou fogo, no Golfo do México, costa de Louisiana
Foto: AP
A Guarda Corteira registrou o incêndio após a explosão quando chegava para prestar socorro
Foto: AFP
Guarda Costeira utilizou quatro barcos para controlar as chamas
Foto: AP
Devido à intesidade das chamas, mais barcos tiveram que ser utilizados
Foto: AP
Coluna de fumaça ficou visível à longa distância
Foto: AP
Van transportando operários resgatados deixa a empresa, em Louisiana
Foto: AP
Ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México
Foto: Reuters
Mancha de óleo se movimenta rapidamente e pode atingir em breve a costa americana
Foto: EFE
Petróleo se espalha em região onde ficava a plataforma, no Golfo do México
Foto: AP
A mancha chegou a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies
Foto: AFP
Equipes de emergência iniciaram na quarta-feira a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo
Foto: AFP
Autoridades americanas disseram que o vazamento ameaça ser um dos maiores desastres ecológicos da história do país
Foto: AP
Em imagem de satélite, nuvens à direita da imagem cobrem a região onde está a mancha de óleo, próximo à costa da Louisiana
Foto: AFP
Imagem de satélite mostra a mancha de óleo avançando em direção à costa da Louisiana, no Golfo do México
Foto: Reuters
Veterinários limpam um pássaro Gannet do Norte sujo pelo óleo acumulado no mar, em Fort Jackson
Foto: AP
Pesquisadores resgatam tartaruga morta após ser contaminada pelo vazamento de petróleo, em Pass Christian, Mississipi
Foto: AP
Homens colocam barreiras para conter a chegada de óleo na beira da praia de Dauphin Island, no Alabama
Foto: EFE
Trabalhadores retiram algas manchadas de óleo e limpam a praia em Gulfport, no Mississipi
Foto: Reuters
O interior da estrutura de 100 toneladas que será usada para frear o vazamento de petróleo no Golfo do México
Foto: AP
Óleo cobre a superfície do mar, no Golfo do México
Foto: AP
Óleo é queimado no Golfo do México
Foto: Reuters
Ave coberta de petróleo tenta levantar voo junto ao casco de um navio, na região onde acontece o vazamento no Golfo do México
Foto: AP
orda de proteção é amarrada nas águas de Perdido Pass, no Alabama
Foto: Reuters
Manchas de óleo cobrem a superfície do mar
Foto: AP
Pássaro morto sujo de óleo é visto na praia de Grand Isle, na Louisiana
Foto: Reuters
Mancha de óleo se espalha pela margem do rio Mississippi
Foto: AP
Bóias são colocadas ao redor das Ilhas Cat, na baía de Barataria, Golfo do México
Foto: Reuters
Reprodução de vídeo mostra equipamento que tentará fazer a vedação do vazamento de óleo na tubulação
Foto: AP
Imagem de satélite divulgada pela Nasa mostra mancha de óleo (na cor prateada) que se alastra no delta do Rio Mississipi, nos Estados Unidos
Foto: AFP
Manhca de óleo é vista nas águas do Golfo do México
Foto: Reuters
Foto divulgada pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera mostra a mancha de óleo se aproximando dos corais da região de Key Largo, na Flórida
Foto: AP
Biólogos caminham na beira da praia da Ilha Raccoon, na costa da Louisiana
Foto: Reuters
Imagem de satélite mostra a mancha de petróleo no Golfo do México
Foto: AFP
Boias tentam conter o avanço da mancha de óleo na superfície, na ilha de Queen Bess, na Louisiana
Foto: EFE
Barco controla a operação das boias na ilha de Queen Bess
Foto: Reuters
Óleo suja praia na ilha de Queen Bess
Foto: EFE
Barcos colocam boias em região coberta pelo óleo, próximo à baía de Barataria, na Louisiana
Foto: Reuters
Funcionário da BP trabalha na limpeza de praia na Louisiana
Foto: AP
Pelicanos marrons, alguns sujos de óleo, pousam em pedras próximo a Venice, na Louisiana
Foto: AFP
Bóias de contenção do óleo são vistas embaixo de um pier na paria de Gulf Shores, no Alabama
Foto: AP
O presidente americano, Barack Obama, observa trabalhadores limpando bóias de contenção, na cidade de Theodore, no Alabama
Foto: AP
Imagem divulgada nesta quinta-feira pela BP mostra que o vazamento segue acontecendo, apesar das divesas tentativas de contê-lo
Foto: AP
Imagem mostra sistema de sucção, que tenta minimizar o vazamento de óleo no Golfo do México
Foto: Reuters
Imagem divulgada pela BP mostra vazamento de óleo de duto, no Golfo do México
Foto: AP
Garrafa coberta de óleo é vista na praia de Pensacola, na Flórida
Foto: EFE
Obama é cumprimentado por oficial da Guarda Costeira americana ao chegar em Louisiana
Foto: AP
Barco navega pelas águas contaminadas pela mancha de óleo, no Golfo do México
Foto: AP
Uma marca de uma pegada na areia é preenchida com o óleo que já chegou à praia de Dauphin Island, no Alabama
Foto: AFP
Pelicano manchado pelo óleo é visto na praia da Ilha East Grand Terre, na costa da Louisiana