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Europa

Em carta à Polônia, Snowden diz que tem medo da morte

2 jul 2013 - 10h37
(atualizado às 10h58)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

O ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, Edward Snowden, refugiado em um aeroporto de Moscou, afirmou que corre o risco de ser perseguido ou de ser morto pelos Estados Unidos, caso retorne a seu país, em uma carta justificando o pedido de asilo político à Polônia.

"Eu vos escrevo para pedir asilo (...) em razão do risco de ser perseguido pelo governo dos Estados Unidos e seus agentes por ter decidido tonar público as graves violações da Constituição" por este governo, escreveu em sua carta ao ministério polonês das Relações Exteriores enviada por fax e divulgada à imprensa.

Citando o julgamento em curso do soldado Bradley Manning, que também vazou documentos secretos americanos, Snowden considera que corre o risco de ter "prisão perpétua" decretada devido às acusações que pesam contra ele.

"Dada as circunstâncias, é improvável que eu beneficie de um julgamento justo ou de um tratamento apropriado antes do julgamento", afirmou, acrescentando que corre risco "de prisão perpétua ou pena de morte".

Em sua declaração postada na segunda-feira no site Wikileaks, a primeira desde a sua saída de Hong Kong, Snowden acusou o presidente Barack Obama de ter ordenado que seu vice-presidente, Joe Biden, pressionasse os líderes dos países aos quais pediu asilo para conseguir sua extradição.

Mas a Polônia não irá conceder asilo político ao americano, segundo o ministro polonês das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski. A Polônia concede asilo "quando este é motivado por um interesse importante para o país e de acordo com o ministro, não há indicação de que este é um interesse importante para a Polônia", declarou Marcin Bosacki, porta-voz do ministério.

O site Wikileaks indicou segunda-feira que Snowden apresentou pedido de asilo a 21 países, incluindo a Rússia, Islândia, Equador, Cuba, Venezuela, Brasil, Índia, China, Alemanha e França.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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