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Eleições nos EUA

Sanders vence Hillary mais uma vez, e Trump ganha sem rivais

11 mai 2016 - 00h28
(atualizado às 08h05)
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Foto: EFE

Bernie Sanders conquistou nessa terça-feira (10) uma nova vitória nas primárias do Partido Democrata para a indicação do candidato à presidência dos Estados Unidos frente a sua rival Hillary Clinton, enquanto no Partido Republicano não houve surpresas e Donald Trump ganhou as duas primeiras disputas nas quais concorreu sem adversários.

Na Virgínia Ocidental, os eleitores democratas e republicanos compareceram às urnas na noite dessa terça-feira e deram a vitória a Sanders e Trump, respectivamente, enquanto em Nebraska, no centro do país, apenas os republicanos votaram e o magnata nova-iorquino também saiu vencedor.

As pesquisas já eram muito favoráveis a Sanders, por isso, ao contrário do ocorrido em casos anteriores como no Michigan e em Indiana, sua vitória na Virgínia Ocidental, um dos estados mais pobres dos EUA, majoritariamente branco e com forte dependência da decadente indústria mineradora, não foi uma surpresa.

"Virgínia Ocidental é um estado de classe trabalhadora como muitos outros neste país, como o Oregon, e os trabalhadores estão sofrendo", disse Sanders a seus simpatizantes em um comício no Oregon, um dos próximos estados a votar no processo de primárias, após saber que tinha vencido Hillary por ampla margem na Virgínia Ocidental.

"O que seus moradores disseram esta noite, e o que acredito que também dirão os do Oregon, é que necessitamos de uma economia que funcione para todo o mundo, não apenas para 1% (em referência aos mais ricos)", acrescentou o veterano senador, que se autoproclama um socialista democrático.

Apesar da vitória, Sanders segue muito atrás em número de delegados com relação à ex-secretária de Estado e longe dos 2.383 necessários para conseguir a indicação de forma automática na Convenção Nacional do partido que será realizada em julho na Filadélfia (Pensilvânia).

No entanto, Sanders tem o que comemorar, pois, assim como a Virgínia Ocidental, os próximos estados que votarão no processo de primárias do Partido Democrata são, a priori, favoráveis ao senador, como Kentucky, que também tem forte tradição no setor de mineração e está empobrecido, e Oregon.

"Estamos nesta campanha para ganhar a indicação democrata. Lutaremos por cada um dos votos em Oregon, Kentucky, Califórnia, nas Dakotas", disse Sanders, que, apesar de reconhecer que tem pela frente uma missão difícil, disse estar acostumado com essas situações e se mostrou convencido de que ainda há "um caminho rumo à vitória".

Se o senador por Vermont conserva alguma esperança de ganhar um número significativo de delegados em comparação com Hillary, esta tem que passar pela Califórnia, o estado mais populoso do país, onde está em jogo o maior número de delegados (475) e onde as últimas pesquisas indicam que Sanders pode ter um bom desempenho.

A Califórnia está entre os últimos estados que votarão nas prévias, no próximo dia 7 de junho, um dia no qual também comparecerão às urnas os cidadãos de Montana, Dakota do Sul, Dakota do Norte e Novo México, que, a priori, são favoráveis a Sanders, e Nova Jersey, onde Hillary é a favorita.

Foto: Getty Images

Já no Partido Republicano, após as desistências de Ted Cruz e John Kasich na semana passada, só havia uma dúvida esta noite, e esta era se os eleitores conservadores de Nebraska, onde Cruz era favorito antes de abandonar a corrida eleitoral, poderiam surpreender e negar a vitória ao único candidato em disputa.

No entanto, o dia não guardou nenhuma surpresa e Trump venceu com grandes votações tanto na Virgínia Ocidental como em Nebraska, somando assim mais delegados para se aproximar do número de 1.237, que garante a indicação de forma automática na Convenção Nacional do partido, que será realizada em julho, em Cleveland (Ohio).

A dessa terça-feira foi a primeira noite eleitoral na qual, após ganhar em um estado, Trump não fez um comício para simpatizantes, nem deu uma entrevista coletiva, o que permite visualizar a mudança de rumo que sua campanha tomou desde que o magnata ficou sozinho e já concentra suas atenções nas eleições presidenciais de novembro.

EFE   
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