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Estados Unidos

Obama está "na direção errada" com a China, diz Romney

16 fev 2012 - 16h13
(atualizado às 16h52)
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Mitt Romney atacou o que chamou de política fraca do presidente Barack Obama com relação à China, criticando-o nesta quinta-feira por seguir "precisamente na direção errada" e descrevendo as reuniões nesta semana com o vice-presidente chinês de "pompa e cerimônia vazias". Em um editorial no Wall Street Journal, o pré-candidato republicano à Presidência censurou Obama por demorar demais para se dirigir à potência asiática e disse que mudaria de curso se for eleito, preservando uma presença militar na região e confrontando a China em relação a questões de direitos humanos.

Rommey cumpriu compromissos de campanha em Farmington Hills, no Estado do Michigan, nesta quinta-feira
Rommey cumpriu compromissos de campanha em Farmington Hills, no Estado do Michigan, nesta quinta-feira
Foto: AP

"O presidente Obama tomou posse quase como um suplicante de Pequim, praticamente implorando para que continuasse comprando a dívida americana para financiar seus gastos perdulários aqui em casa... Tal fraqueza apenas encorajou a afirmação chinesa e fez nossos aliados questionarem nosso poder de permanência no leste da Ásia", escreveu o ex-governador de Massachusetts. "Agora, com três anos de mandato, o presidente respondeu atrasado com um muito alardeado 'pivô' para a Ásia, uma frase que pode se mostrar tão enigmática e vazia quanto o seu 'reset' com a Rússia", disse ele, acrescentando que "o suposto pivô foi enaltecido de forma exagerada" e também "estava com muito poucos recursos". "Temos que mudar o curso", disse Romney, que tenta obter a indicação do Partido Republicano para enfrentar o democrata Obama na eleição de 6 de novembro.

Os comentários de Romney foram feitos quando o vice-presidente da China, Xi Jinping, visita os Estados Unidos nesta semana para pedir uma cooperação maior entre Pequim e Washington. Durante a viagem, Obama e outras autoridades do governo pressionaram a China a melhorar seu histórico de direitos humanos e jogar de acordo com as regras da economia mundial.

Tal postura visa os norte-americanos em um ano eleitoral durante o qual os eleitores nos Estados decisivos sofreram com a perda de empregos conforme seu trabalho mudava para outros países, inclusive a China. Na quarta-feira, um dia depois de se reunir com Xi na Casa Branca, Obama continuou seu ataque às práticas comerciais chinesas e pediu que empregos da indústria voltassem para os Estados Unidos.

Obama censurou a concorrência por não jogar "segundo as regras" em uma visita estilo campanha a uma fábrica da Master Lock em Wisconsin, e destacou sua criação de uma Unidade de Fiscalização de Comércio para investigar práticas comerciais desleais na China e em outros países.

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