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Estados Unidos

Vitória de Romney depende de votos de homens brancos

11 out 2012 - 10h13
(atualizado às 10h53)
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Com o acirramento da disputa entre Mitt Romney e Barack Obama na corrida presidencial dos EUA, o republicano precisa acima de tudo de um grupo de eleitores para chegar à Casa Branca: os homens brancos. Romney aparece bem atrás de Obama entre afro-americanos e entre hispânicos, e em desvantagem também entre as mulheres, segundo várias pesquisas. No entanto, no eleitorado geral, a situação nos últimos dias é de empate técnico.

Em 2008, quando Obama se tornou o primeiro negro a ser eleito presidente dos EUA, 90% dos votos dos republicanos foram dados por homens brancos, segundo pesquisas de boca de urna. Já as mulheres brancas se dividiram.

Mas apostar no eleitorado branco masculino é uma aposta arriscada para os republicanos, porque a cada eleição diminui a presença desse grupo no conjunto dos eleitores. Por isso, Romney precisará conquistar mais esse grupo do que candidatos republicanos anteriores.

Outro desafio para Romney é que o eleitorado branco e masculino tende a ser mais conservador, com opiniões cada vez mais divergentes do restante da população, segundo pesquisas Reuters/Ipsos. Isso complica a situação de um candidato que precisa ao mesmo tempo reter seu eleitorado cativo e seduzir outros grupos.

As pesquisas indicam que Romney pode ter menos voto entre os homens brancos do que o candidato republicano de 2008, John McCain. Pesquisadores e demógrafos dizem que, se o atual candidato não reverter isso, está fadado a perder.

Mas o mesmo vale para Obama. O número de homens brancos que declaram a intenção de votar nele neste ano é ligeiramente menor do que em 2008. Se o atual presidente despencar demais nesse segmento - o segundo maior bloco de eleitores, atrás apenas das mulheres brancas -, poderá ficar sem a reeleição.

Segundo a pesquisa Reuters/Ipsos feita entre 1 e 7 de outubro, Romney tem 55,5% das intenções de voto entre os homens brancos decididos a irem às urnas, contra 31,9% para Obama. Havia 6% de indecisos nesse grupo. Em 2008, segundo pesquisas de boca de urna, McCain teve 57% desses votos, contra 41% para Obama.

"O fato de (Romney) estar bem na mesma linha de McCain significa que ele tem trabalho a fazer", disse Julia Clark, especialista em pesquisas do Ipsos. Para os democratas, que têm grande penetração entre negros e latinos, a desvantagem entre os brancos tenderá a ser menos preocupante no futuro. Para efeito de comparação, em 1980, quando Ronald Reagan foi eleito pela primeira vez, os brancos representavam 89% dos eleitores. Em 2008, essa cifra já havia caído para 73,4%.

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