Romney diz que comentário dos "47%" foi "completamente errado"
Steve Holland
5 out2012 - 07h50
(atualizado às 08h15)
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O candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, disse na quinta-feira que os comentários gravados com uma câmera escondida, em que ele depreciou 47% dos eleitores, foram "completamente errados", numa tentativa de reparar os danos sofridos com a polêmica.
Numa entrevista para Sean Hannity, da Fox News, Romney pela primeira vez recuou por completo dos comentários que fez durante um evento de arrecadação de recursos para sua campanha, em maio, e que surgiram como uma enorme gafe em sua campanha contra o presidente Barack Obama.
O vídeo dos "47 por cento" não foi citado na noite de quarta-feira durante o primeiro debate com Obama, apesar de a campanha do presidente ter usado os comentários de Romney em um anúncio de televisão.
Questionado sobre o que ele teria dito se o assunto tivesse surgido no debate em Denver, Romney disse que falaria que, depois de milhares de discursos como candidato presidencial, "aqui e ali você irá dizer algo que não sai do jeito certo". "Neste caso, eu disse algo completamente errado", afirmou.
"Acredito completamente, porém, que minha vida mostra que eu me importo com os 100%. E isso tem sido demonstrado ao longo de minha vida. Toda esta campanha é sobre os 100%. Quando eu me tornar presidente, será para ajudar os 100 por cento", acrescentou.
Em evento na Flórida para angariar fundos em maio, Romney disse que 47% dos eleitores são dependentes de ajuda do governo e provavelmente não iriam apoiá-lo nas eleições do dia 6 de novembro. Quando o vídeo foi divulgado, no dia 17 de setembro, pela revista liberal Mother Jones, Romney disse que seus comentários não foram "pronunciados de forma elegante", mas que ele os mantinha.
Obama tem sido questionado por alguns de seus eleitores por não ter trazido o assunto do vídeo dos 47% à tona durante o debate em Denver. O presidente foi amplamente considerado o "perdedor" do primeiro de três debates com o republicano.
Camisetas da campanha de Barack Obama são vendidas em uma rodovia em Denver, no Colorado
Foto: AFP
Avenida é isolada perto da Universidade de Vender, que prepara os últimos detalhes para o primeiro debate presidencial
Foto: AFP
Alunos da Universidade de Denver representam os candidatos Mitt Romney e Barack Obama e o mediador Jim Lehrer no ensaio do primeiro debate das eleições para presidente dos EUA, no Colorado
Foto: AFP
Cinegrafista filma um ensaio para o debate desta quarta-feira, em Denver
Foto: AP
Os estudantes Dia Mohamed (dir.) e Zach Gonzales representam Obama e Romney, respectivamente, no ensaio do debate
Foto: AFP
Funcionários montam o palco onde ocorrerá o debate entre Romney e Obama, na Universidade de Denver
Foto: AFP
Michelle Obama cumprimenta Ann Romney momentos antes do debate
Foto: AP
Barack Obama e Mitt Romney apertam as mãos no primeiro debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos
Foto: AP
O republicano Mitt Romney fala durante o primeiro debate presidencial
Foto: AFP
O democrata Barack Obama fala durante o primeiro debate presidencial
Foto: AFP
Mitt Romney e Barack Obama discutem suas políticas no primeiro de três debates entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos
Foto: AFP
O candidato republicano manifestou que não quer "seguir o caminho da Espanha", que, segundo ele, dedica mais de 40% do seu orçamento público "ao Governo"
Foto: AFP
Durante o debate, o presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que a eventual revogação da reforma da saúde que ele impulsionou poderia deixar 50 milhões de pessoas sem cobertura médica em um momento no qual isso tem uma "importância vital"
Foto: AFP
Romney acusou Obama em várias ocasiões durante a campanha de fomentar políticas econômicas que, em sua opinião, levarão os EUA rumo à mesma grave crise que afeta a Europa
Foto: AFP
Obama ironizou o adversário de supostamente voltar atrás em seu plano de cortes amplos de impostos, no primeiro momento tenso de seu debate. "Bem, nos últimos 18 meses, ele defende este plano tarifário e agora, cinco semanas antes das eleições, ele diz que esta sua ideia audaciosa 'não tem importância'¿"
Foto: AFP
Romney acusou Obama de pressionar pela aprovação de regras "excessivas" que atravancaram a indústria americana e retardaram o crescimento em setores econômicos
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