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Estados Unidos

EUA: Vices tomam conta de campanhas antes de debate

20 out 2012 - 20h17
(atualizado às 20h35)
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Os candidatos a vice-presidência dos Estados Unidos, Joseph Biden e Paul Ryan, tomaram neste sábado as rédeas da campanha com flertes com o voto feminino por parte do democrata e a promessa do republicano de que se chegar à Casa Branca enfrentará os problemas econômicos do país.

Mitt Romney e Barack Obama discutem suas políticas no primeiro de três debates entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos
Mitt Romney e Barack Obama discutem suas políticas no primeiro de três debates entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos
Foto: AFP

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Com o presidente e candidato à reeleição, Barack Obama, e seu rival republicano, Mitt Romney, ausentes da disputa enquanto preparam seu terceiro e último debate de segunda-feira, o peso de ambas as campanhas recai neste fim de semana sobre seus números dois, a apenas 17 dias das eleições.

Em um comício em um hangar do aeroporto internacional de Pittsburgh (Pensilvânia), o republicano Ryan disse que se ele e Romney vencerem em 6 de novembro não vão "evitar" questões "difíceis", como o problema da elevada dívida pública, e vão enfrentá-las "antes que saiam de controle", porque "isso é o que fazem os líderes".

"A escolha é a seguinte: Limitamos o tamanho de nosso governo ou limitamos o crescimento de nossa economia?", enfatizou Ryan, para quem é prioritário manter a despesa governamental "sob controle".

O candidato também atacou duramente as "equivocadas" políticas energéticas de Obama, afirmou que a gasolina custa hoje "mais do que o dobro" que há quatro anos e sustentou que em apenas um mês se perderam mais de 1.200 empregos relacionados ao carvão em estados como Pensilvânia e Virgínia pelo fechamento de fábricas.

As próximas eleições significam decidir "como fazer a economia crescer" e o "significado" dos Estados Unidos, porque "não vamos transformar o país em algo que nunca quis ser", disse Ryan.

Enquanto isso, em outro comício em Saint Augustine (Flórida), o vice-presidente Biden insistiu hoje no apelo ao voto feminino que foi o eixo do comício de Obama ontem na Universidade George Mason em Fairfax (Virgínia).

Os republicanos "não acham que a mulher tenha o direito de controlar seu corpo. Sobre a saúde das mulheres, querem transferir o controle às companhias de seguros", criticou Biden.

Segundo o candidato à vice-presidência, quando Romney perguntou no debate com Obama terça-feira passada na Universidade Hofstra de Nova York sobre a igualdade salarial o candidato não respondeu e, em vez disso, disse sua já famosa frase sobre os "fichários cheios de mulheres".

Romney não teve sorte nesse debate ao defender seu trabalho a favor da igualdade de oportunidades quando era governador de Massachusetts. "Fui a uma série de grupos de mulheres e lhes disse: 'Podem nos ajudar a encontrar pessoas?', e nos trouxeram fichários inteiros cheios de mulheres", disse.

Biden recuperou hoje o termo "romnesia", cunhado por Obama para descrever as mudanças de postura de Romney sobre diversos temas, e indicou que parece ser algo "contagioso" porque, segundo sua opinião, Ryan também está dando agora uma nova explicação para seu plano orçamentário para reduzir o déficit.

O Partido Republicano de hoje "não é o de 10 nem 20 anos atrás", alertou Biden aos eleitores ao afirmar que os "dois pilares" dos conservadores são baixar os impostos dos mais ricos e reduzir o orçamento do governo para programas sociais.

Por outro lado, a campanha republicana divulgou hoje um novo anúncio em que critica as políticas sobre dívida, saúde, energia e impostos de Obama e afirma que o presidente está oferecendo "mais do mesmo" para seu segundo mandato.

Os democratas, por sua vez, anunciaram que a partir da próxima quarta-feira Obama fará uma viagem digna de maratonista por seis estados do país (Colorado, Nevada, Flórida, Virgínia, Illinois e Ohio) em dois dias, e falará pessoalmente por telefone com eleitores indecisos do Air Force One.

Durante sua parada em Chicago (Illinois) na quinta-feira, Obama votará pessoalmente de maneira antecipada e se tornará o primeiro presidente a ir às urnas antes das eleições.

Mais de 3,7 milhões de americanos já votaram antecipadamente e durante este fim de semana, outros sete estados e Washington terão essa oportunidade.

Os especialistas preveem que entre 35% e 40% dos eleitores exercerão seu direito antes do dia das eleições, em contraste com os 30% que votaram antecipadamente em 2008.

Tanto o presidente como sua esposa, Michelle Obama, que já votou pelo correio, estão estimulando os cidadãos a votar com antecedência, opção que favoreceu os democratas frente aos republicanos em 2008.

EFE   
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