Clint Eastwood faz propaganda para Mitt Romney na TV

24 out 2012 - 15h06

(atualizado às 16h05)

O ator Clint Eastwood protagoniza uma nova propaganda veiculada na televisão americana em que incentiva os americanos a unirem-se a ele no apoio ao candidato republicano Mitt Romney. O eterno "Dirty Harry", de 82 anos, afirma que mais quatro anos de governo Barack Obama representarão mais quatro anos de política que deixaram os Estados Unidos com 23 milhões de pessoas sem trabalho.

Eastwood, durante a famosa performance com a cadeira na convenção republicana de 2012
Foto: AFP

"Nosso país não poderá sobreviver a isso", afirmou. "Precisamos de alguém que possa dar a volta nessa situação rapidamente. Esse homem é Mitt Romney. Não resta muito tempo e o futuro de nosso país está em jogo", acrescentou. A propaganda republicana é uma das três difundidas nesta quarta-feira pela American Crossroads. As outras atacam Obama por sua política em relação à China e sua suposta falta de apoio às pequenas empresas.

Eastwood sacudiu a convenção republicana em agosto com uma conversa improvisada com um Obama ausente representado por uma cadeira vazia. Antes, durante o Super Bowl, narrou um comercial de teor patriótico dos automóveis Chrysler - "É intervalo nos Estados Unidos e o mundo ouvira o ruído de nossos motores" - que os especialistas interpretaram como um tiro indireto em Obama.

A American Crossroads faz parte dos chamados Super PacS, ou comitês de ação política, cujos anúncios partidários - questionáveis - ficam de fora das regras de gastos eleitorais. Um de seus fundadores, o estrategista político republicano Karl Rove, foi que conduziu George Bush a sua vitória eleitoral.

A participação de atores nas campanhas não é novidade. Recentemente, um grupo de atrizes gravou uma propaganda de crítica às posições republicanas sobre o aborto.

Os três debates da corrida presidencial americana se mostraram históricos. Realizados em horário nobre e transmitidos ao vivo para todo o país, atraíram dezenas de milhões de espectadores e ajudaram a acirrar a disputa entre o atual presidente, Barack Obama, e o republicano Mitt Romney. O Terra compilou frases marcantes dos três eventos, veja a seguir
Foto: AP
Romney: "Sr. Presidente, você tem direito ao seu próprio avião, a sua própria casa, mas não aos seus próprios fatos", afirmando que Obama estava inventando dados ao afirmar que Romney cortaria fundos para a educação
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Obama: "Não era muito detalhado, o que parece ser uma tendência", disse ao se referir ao plano de Romney para a educação, mas também alfinetando a falta de detalhes no plano econômico do republicano
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Romney: "Eu vou cortar os subsídios da PBS (rede de televisão). Eu vou parar outras coisas. Eu gosto da PBS, eu amo o Garibaldo (personagem do programa Vila Sésamo, transmitido pela PBS). Na verdade, também gosto de você (se referindo ao moderador do primeiro debate Jim Lehrer, também da PBS). Mas não vou continuar gastando dinheiro e pegando dinheiro emprestado da China para pagar os custos"
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Romney: "A Espanha gasta 42% de toda a sua economia com o governo. Nós agora estamos gastando 42% de nossa economia com o governo. Eu não quero ir no mesmo caminho que a Espanha", disse o republicano, comparando o perido dos EUA de seguirem o rumo do país europeu em forte crise
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O primeiro debate foi marcado por uma melhor aparição de Mitt Romney, mas o atual presidente voltou com força ao ataque na segunda rodada. Obama: "Não se pode transformar a segurança nacional em questão política", criticou o presidente em meio a uma discussão sobre os ataques ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, em que o embaixador Chris Stevens foi morto. "Eu sou o presidente e eu sempre sou o responsável", continuou
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Romney: "Nós nos concentramos em ir atrás de mulheres que tivessem antecedentes que as qualificassem para se tornar membros do nosso gabinete. Nós conversamos com diferentes grupos de mulheres e dissemos 'vocês conseguem nos ajudar a encontrar essas pessoas?' E elas trouxeram pastas e mais pastas cheias de mulheres", disse ao comentar as políticas igualitárias entre gêneros nos locais de trabalho durante seu governo em Massachussetts
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Obama: "Eu não olho para a minha pensão. Ela não é tão grande quando a sua, então não demora tanto", após Romney perguntar se o presidente tinha olhado para o seu fundo de pensão recentemente
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Obama: "Ele (Romney) não tem ideias diferentes das minhas sobre a Síria porque nós estamos fazendo as coisas do jeito certo", disse o presidente no terceiro debate, em que a política internacional esteve no centro das discussões
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Obama: "Governador Romney, estou feliz que você reconheça que a Al-Qaeda é uma ameaça, porque há alguns meses atrás, quando lhe foi perguntado qual era a maior ameaça geopolítica para a América, você respondeu que era a Rússia - não a Al-Qaeda, você respondeu Rússia. Os anos 80 estão ligando e pedindo sua política externa de volta porque, você sabe, a Guerra Fria terminou há 20 anos"
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Obama: "Governador, quando se trata de nossa política externa, parece que você quer importar as políticas dos anos 80, assim como as políticas sociais dos anos 50 e as políticas econômicas dos anos 20", cotinuando sua crítica ao que chamou de políticas anacrônicas do republicano
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Romney: "Os Estados Unidos não ditaram sobre outras nações. Nós liberamos outras nações de ditadores", disse o republicano em resposta à afirmação do presidente de que os EUA falharam na sua política de construir nações no exterior
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Obama: "Bom, também temos menos cavalos e baionetas", disse o presidente após Romney criticar o fato de os EUA terem a sua menor frota de navios desde a segunda década do século XX
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