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Eleições nos EUA

Hillary Clinton promete manter unidas as famílias dos imigrantes ilegais

15 dez 2015 - 00h47
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A pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reiterou nesta segunda-feira seu compromisso com os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país, prometeu manter suas famílias unidas e anunciou que fechará os controvertidos centros de detenção privados.

"Os imigrantes querem suas famílias juntas", disse Hillary durante seu discurso na Conferência Nacional de Integração de Imigrantes, no distrito nova-iorquino do Brooklyn, onde obteve o apoio do congressista de Chicago Luis Gutiérrez, que se destacou como líder da comunidade de imigrantes em situação irregular.

A ex-secretária de Estado reafirmou que, se for eleita presidente, trabalhará por uma reforma migratória integral justa, porque, para ela, não se trata de "um assunto político ou econômico", mas familiar.

Em sua mensagem em Nova York, Hillary argumentou que uma reforma migratória poderia significar milhões de dólares para a nação, mas destacou que essa questão "é muito mais que um tema econômico, muito mais que um tema político. Isto é sobre famílias".

Os princípios defendidos pela pré-candidata democrata contrastam com outros anunciados previamente por aspirantes à indicação do Partido Republicano, como o magnata Donald Trump, que se mostrou favorável a expulsar do país todos os imigrantes ilegais, sem considerar sua situação familiar.

Se chegar à Casa Branca, Hillary oferecerá ajuda para que mais imigrantes obtenham sua cidadania através da redução de alguns custos do processo e aumentando o acesso a programas para aprender inglês, tudo como parte de seu plano de uma reforma migratória "justa".

"Esse foi meu compromisso como senadora e também o será como presidente", argumentou a ex-secretária de Estado, que foi interrompida em duas ocasiões por gritos de críticos a sua candidatura, entre eles o mexicano Marco Malagón, que a chamou de "hipócrita".

"Se você trabalha duro, se você ama este país e não quer mais nada além de construir um bom futuro para você e seus filhos, nós devemos oferecer uma maneira para que você possa se tornar um cidadão", disse Hillary ao falar diretamente com os imigrantes ilegais que assistiram à conferência, junto com ativistas e outros políticos.

Antes de seu discurso, a também ex-primeira dama do país se reuniu com uma família hondurenha que faz parte de uma organização comunitária, para conhecer de perto sua história.

Desde o início de sua mensagem, Hillary assinalou que tinha que ouvir as histórias dos imigrantes, e afirmou que o futuro da nação depende, em parte, dessas pessoas.

"Devemos gratidão a eles, que tornaram este país grande", argumentou a pré-candidata, que se comprometeu a deportar apenas os imigrantes ilegais que representam uma ameaça para a segurança pública e reiterou o compromisso dos Estados Unidos com os refugiados.

Uma das promessas da pré-candidata que mais obteve apoio hoje foi a de fechar os centros de detenção privados onde o governo mantém os imigrantes ilegais antes de sua deportação.

Essa é também uma das propostas do ex-governador de Maryland Martin O'Malley, terceiro nas pesquisas de opinião para a indicação do Partido Democrata, atrás de Hillary e do senador Bernie Sanders.

São muitas as vozes de ativistas e políticos que pediram o fechamento dos centros devido às condições em que os imigrantes ilegais permanecem detidos, e onde muitos morreram por falta de atendimento médico.

De acordo com Hillary Clinton, é preciso oferecer alternativas à detenção para os pais que chegam com seus filhos, como a liberdade supervisionada, "que provou ser efetiva" e menos custosa para o governo.

A pré-candidata também reafirmou sua defesa do programa de ação diferida para os jovens imigrantes (Daca) que chegaram aos Estados Unidos durante a infância, aprovado em 2012, e seu equivalente para os pais, o Dapa, assim como a ampliação do acesso aos serviços de saúde.

EFE   
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