EUA: Darwin recebe 4 mil votos contra candidato que nega evolução
12 nov2012 - 11h12
(atualizado às 11h19)
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Mais de 4 mil eleitores de um condado do Estado americano da Geórgia votaram no histórico naturalista britânico Charles Darwin para deputado nas eleições do dia 6 de novembro, informa a versão da online revista Time nesta segunda-feira.
Os eleitores do condado de Athens-Clark votaram em Darwin para a Câmara dos Representantes em protesto contra a candidatura do republicano Paul Broun, que concorria sem adversário à reeleição. Broun iniciou uma controvérsia ao negar as teorias da evolução e do Big Bang em um discurso em setembro. Ele disse que a evolução e teorias científicas similares são "mentiras vindas direto do inferno". "São mentiras que tentam impedir a mim e a todos que foram ensinados isso de entender que precisamos de um salvador", disse.
Pelo fato de a Geórgia usar cédulas de papel é possível votar em alguém não presente nas cédulas. Uma campanha para acumular votos para o naturalista foi iniciada após o comício e a página "Darwin for Congress" (Darwin para o Congresso) no Facebook foi criada - ela ainda conta com mais 1,8 mil seguidores. Segundo a Time, diversos outros condados do Estado da Geórgia também receberam votos em Darwin.
Apesar dos votos de protesto, Broun se elegeu facilmente com 16.980 votos no condado. Broun é um adepto da teoria religiosa do criacionismo.
Nas ruas, porto-riquenhos comemoram decisão que pode fazer o território se elevar à condição de Estado americano. Porto Rico votou pela primeira vez em sua história contra a atual relação de Estado Livre Associado que mantém com os Estados Unidos e a favor da anexação. A medida ainda necessita ser aprovada no Congresso de Washington
Foto: Reuters
Luis Fortuño, membro do Partido Novo Progressista - derrotado nas eleições - se disse satisfeito com a escolha dos cidadãos. Apesar de ser favorável à anexação de Porto Rico aos Estados Unidos, Fortuño não foi reeleito
Foto: AP
"Posso assegurar a vocês que resgatamos Porto Rico", disse Alejandro Garcia Padilla, do Partido Popular Democrático, vencedor das eleições realizadas no território - mesmo defendendo a manutenção da atual relação com os EUA
Foto: Reuters
Devido à condição atual de território americano, os cidadãos de Porto Rico não têm direito de votar nas eleições presidenciais americanas - ainda que constem como cidadãos americanos
Foto: EFE
Além do referendo pela mudança do status da ilha, Porto Rico também foi às urnas para eleger Alejandro García Padilla para o governo local. Padilla, da oposição do Partido Popular Democrático (PPD), derrotou por uma pequena margem de diferença o atual governador, Luis Fortuño
Foto: AP
A ilha caribenha de Porto Rico optou por se tornar um Estado americano nesta quarta-feira ao mesmo tempo em que derrubou seu atual governador, partidário da ideia, em uma eleição apertada. Os habitantes votaram contra a atual relação de Estado Livre Associado e a favor da anexação de seu território aos Estados Unidos da América