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Estados Unidos

Economia frágil pode favorecer Romney na Carolina do Norte

22 out 2012 - 10h44
(atualizado às 13h32)
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De todos os chamados Swing States, talvez o mais importante para o candidato republicano seja a Carolina do Norte. Ainda que não tenha o mesmo volume de votos no Colégio Eleitoral da Flórida (29), é difícil imaginar um cenário em que Romney seja eleito presidente americano sem contar com os 15 votos deste Estado.

Neve cobre árvores em parque da cidade de Charlotte; economia da Carolina do Norte pode favorecer Romney
Neve cobre árvores em parque da cidade de Charlotte; economia da Carolina do Norte pode favorecer Romney
Foto: Getty Images

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Em 2008, o democrata Barack Obama surpreendeu o país ao obter a preferência do Estado, que nas sete eleições anteriores votara vermelho - cor dos republicanos - ao bater o republicano John McCain por 50% a 49%. A margem de míseros 14 mil votos foi a segunda menor do pleito.

Desta vez, porém, Obama não é mais o dínamo eleitoral que infligiu duras derrotas aos republicanos em Estados que eles não esperavam perder. O mau resultado econômico do Estado pode favorecer Romney. A Carolina do Norte sofre com uma elevada taxa de desemprego na ordem de 9,7% - 1,6% acima da média nacional (7,8%). Em termos de renda per capita, a situação no Estado também não é positiva em relação ao restante do país. A renda média é de US$ 36.164 por habitante (números federais de 2011), a 38º maior dos EUA.

Mas não apenas a economia pode pesar contra Obama. Ter se posicionado a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo pode ter repercussão negativa entre os conservadores moradores locais. Em maio, a população aprovou em um referendo a proibição da união civil entre homossexuais. Mesmo entre os negros, que representam 21,5% da população e são a base de apoio do presidente no Estado, o tópico pode fazer Obama perder votos importantes.

A guinada pró-democrata de 2008, também verificada na eleição para o governo do Estado do mesmo ano, parece estar arrefecendo. Os republicanos devem vencer as eleições para governador - cargo ocupado pela democrata Bev Perdue, que não concorrerá à eleição.

Apesar dos paupérrimos números da economia local, os democratas lançaram mão de um trunfo para tentar repetir a dose e garantir a primeira vitória consecutiva do partido no Estado desde 1964. A Convenção Nacional Democrata, quando foi anunciada oficialmente a indicação de Barack Obama à reeleição, foi realizada em Charlotte.

Com mais de nove milhões de habitantes (censo de 2011), a Carolina do Norte é o décimo Estado mais populoso do país. Sua capital é Raleigh, mas a cidade mais populosa e famosa é Charlotte, que conta com cerca de 750 mil habitantes.

O Estado foi o 12º a ser admitido na União americana. Pela sua expressiva população de escravos - que chegaram a ser um terço da sua população na década de 1860 -, o Estado lutou ao lado dos confederados na Guerra de Secessão.

O passado agrícola escravocrata fez o Estado permanecer durante grande parte do século XX dependente da produção de tabaco. A Carolina do Norte também tinha força na fabricação de móveis. No entanto, esse cenário vem se transformando nas últimas décadas, e o Estado aposta nas áreas de engenharia, biotecnologia e financeira para diversificar a economia.

Fonte: Terra
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