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Eleições nos EUA

De origem cubana, Rubio se lança como candidato republicano do "novo século"

13 abr 2015 - 22h35
(atualizado às 22h36)
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O senador Marco Rubio, de origem cubana, confirmou oficialmente nesta segunda-feira que participará da corrida à Casa Branca e se apresentou em Miami como o candidato republicano do "novo século" para as eleições presidenciais de 2016.

Em um evento realizado na Torre da Liberdade de Miami, ovacionado em inglês e espanhol por cerca de três mil pessoas, Rubio prometeu devolver o rumo aos Estados Unidos para que o país volte a se posicionar como "líder mundial" no século XXI.

"Muitos de nossos líderes e suas ideias estão estagnadas no século XX, enquanto nossa gente e a economia estão empurrando a barreira do século XXI", declarou Rubio, que se transforma assim no terceiro republicano a apresentar sua candidatura à Casa Branca, depois de Ted Cruz e Rand Paul.

No meio de uma grande expectativa midiática e no lugar que viu chegar milhares de cubanos aos Estados Unidos, Rubio lembrou em espanhol as doutrinas de seu pai e fez referência em várias ocasiões ao "sonho americano" e a sua origem latina e humilde.

"Tenho uma dívida com os Estados Unidos que tenho que pagar", afirmou Rubio, nascido na Flórida há 43 anos, e que, se triunfar nas primárias republicanas, poderia se transformar no primeiro hispânico a ocupar a Casa Branca em 2016.

Um dia depois que a democrata Hillary Clinton anunciasse também sua candidatura às eleições presidenciais, o senador conservador, mesmo sem citá-la, lançou críticas contra ela ao comentar que a ex-primeira-dama "é uma líder de ontem".

"Ontem já passou e nunca voltaremos ao passado, nós os americanos estamos orgulhosos de nossa história, mas nosso país sempre foi sobre o futuro", declarou Rubio, que faz parte da ala mais conservadora da legenda republicana.

Opositor ferrenho das aproximações diplomáticas e comerciais empreendidas desde dezembro do ano passado por Havana e Washington, não deixou passar a oportunidade de criticar a nova etapa e lamentou a "indiferença" perante a violação dos direitos humanos em "Cuba e na Venezuela".

O senador pela Flórida, que também rejeitou o pacto nuclear alcançado com o Irã, pediu para se deixar de lado "as concessões perigosas" e a "hostilidade contra Israel", assim como a passividade frente "à agressão chinesa e russa".

Contrário ao casamento homossexual e ao aborto, Rubio reiterou também em seu discurso sua vontade de derrubar e substituir o "Obamacare", a lei de saúde oficial, e sua rejeição às políticas tributárias e educativas de Obama.

"A família, não o governo, é a instituição mais importante na sociedade", proclamou.

Em uma torre conhecida por ter servido para processar os exilados cubanos que fugiram aos Estados Unidos durante as primeiras décadas depois da revolução na ilha, Rubio pediu também a "modernização das leis de imigração".

No entanto, tanto ele como os outros dois republicanos que já oficializaram sua ambição presidencial, os também senadores Cruz e Paul, se transformaram no alvo dos ativistas e defensores dos imigrantes, que se manifestaram em frente à Torre da Liberdade na mesma hora em que Rubio pronunciava seu discurso.

Postados do lado de fora do edifício, no centro de Miami, os ativistas lembraram a Rubio seu desgosto desde que, em meados de 2013, aprovou no Senado, junto com outros republicanos e democratas, uma reforma migratória, da qual se distanciou depois para se aproximar da base mais conservadora de seu partido.

Paralelo ao evento de hoje, grupos opositores a sua campanha começaram a emitir as primeiras mensagens de televisão, nas quais criticam sua rejeição ao apoio dos estudantes imigrantes ilegais e advertem para suas posturas "extremas" e perigosas".

Após concluir seu discurso, Rubio posou perante o público e os meios de comunicação junto com sua esposa, Jeanette Dousdebes, e seus quatro filhos.

Poucos minutos depois que Rubio concluísse seu discurso, o site do senador deixou de funcionar, aparentemente por um excesso de visitas, segundo informou sua equipe de campanha.

EFE   
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