Ben Carson apoia inclusão de Porto Rico como estado dos EUA
O pré-candidato presidencial republicano Ben Carson participou neste domingo do fechamento do convenção anual do Partido Novo Progressista (PNP), em Porto Rico, onde apoiou a inclusão da ilha como o 51º estado dos EUA.
"Eu ficaria encantado que (Porto Rico) fosse o 51º estado", afirmou durante o evento, que ocorreu em um hotel de Fajardo, cidade na parte leste de Porto Rico, e contou com a presença de centenas de militantes do PNP, partido político que promove a anexação da ilha aos Estados Unidos ou uma eventual independência.
A Constituição de 1952 define Porto Rico como Estado Livre Associado, cujos cidadãos, com cidadania americana desde 1917, desfrutam de uma autonomia administrativa parecida com a dos outros estados dos EUA, mas não podem votar para a presidência americana.
"Não podemos determinar onde nascemos, mas podemos determinar como viver", ressaltou Carson, que se torna o terceiro postulante à presidência entre os republicanos a visitar Porto Rico neste ano, após Martin O'Malley e Marco Rubio.
O pré-candidato para o governo de Porto Rico pelo PNP, Ricky Rosselló, afirmou que a ilha se tornará "o primeiro estado hispânico" dos EUA e que levará uma assembleia estadista à Flórida, onde residem muitos portorriquenhos.
"Vamos ser o melhor estado da nação americana", acrescentou o filho do ex-governador de Porto Rico, Pedro Rosselló, durante o ato, que também contou com a representante Jennifer González, integrante do Partido Republicano em Porto Rico.
Porto Rico realizou quatro consultas populares sobre seu futuro político: se continua como Estado Livre Associado, anexa aos EUA ou se transforma em um país independente.
A primeira consulta sobre o status ocorreu em 1967, quando a opção de se manter como Estado Livre Associado venceu com 60,4% dos votos. Desde então, em nenhuma das outras duas consultas sobre o assunto - 1993 e 1998 - a anexação havia sido mencionada.
A última consulta sobre a relação política de Porto Rico com os EUA, na qual 54% dos eleitores rejeitaram o atual status, foi nas eleições gerais de 2012.
Na consulta, que incluiu uma segunda pergunta, - a primeira perguntou se o cidadão concordava ou não com o atual status - 61,1% defendeu a anexação aos EUA, 33,3% a condição de Estado Livre Associado Soberano (opção que acrescentaria mais autonomia ao atual modelo) e 5,5% a independência.
O PNP interpretou o resultado como uma vitória e uma rejeição da população ao atual status, que através de uma Constituição própria concede certo grau de autonomia ao governo local, embora áreas como defesa, relações diplomáticas e fronteiras estejam sob a supervisão de Washington.
