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Estados Unidos

Ebola: paciente do Texas foi liberado de hospital dias antes

Frieden afirmou que os especialistas estão monitorando “um punhado” de pessoas possivelmente expostas por meio de contato físico com o paciente

1 out 2014 - 14h27
(atualizado às 14h30)
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<p>Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, onde está internado paciente diagnosticado com ebola</p>
Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, onde está internado paciente diagnosticado com ebola
Foto: Brandon Wade / Reuters

Especialistas de saúde da cidade americana de Dallas, Texas, estão avaliando as pessoas que podem ter sido expostas ao vírus ebola, um dia após o primeiro diagnóstico da doença no país, informou a principal autoridade de saúde dos EUA.

A análise ocorre mesmo depois de as autoridades de saúde do Texas terem dito que funcionários de saúde testaram negativo para a doença e que não há outros casos suspeitos no Estado.

“Temos uma equipe de sete pessoas em Dallas hoje ajudando a analisar isso com a família para ter certeza de que identificaremos qualquer um que possa ter tido contato com ele”, disse o médico Thomas Frieden, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), à rede de televisão NBC em entrevista.

Inicialmente, o paciente infectado foi avaliado pelos médicos e liberado com antibióticos, mas voltou dois dias depois, quando foi internado e isolado, uma demora que foi questionada por outros especialistas de saúde.

Frieden afirmou que os especialistas estão monitorando “um punhado” de pessoas possivelmente expostas por meio de contato físico com o paciente. As autoridades estão buscando familiares que o paciente visitou, assim como assistentes de saúde que ajudaram a tratá-lo.

Nesta quarta-feira, autoridades reforçaram pedido para que os funcionários de saúde sejam cuidadosos ao analisar pacientes com possíveis sinais do vírus no país. Frieden informou o presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a questão do Ebola na terça-feira e ambos discutiram os protocolos de isolamento.

Os três membros da equipe de uma ambulância que transportou o homem testaram negativo para a febre hemorrágica, mas foram postos em quarentena e serão monitorados atentamente nos próximos 21 dias, o tempo que os sintomas podem levar para surgir.

"A equipe no local irá analisar isso de maneira aprofundada para ver se existem quaisquer outros grupos que, por excesso de cautela, gostaríamos de monitorar com atenção”, afirmou Frieden ao programa "Today" da sede do CDC em Atlanta.

As autoridades de saúde confirmaram o primeiro caso de ebola nos EUA na terça-feira, quando um homem que voou da Libéria ao Texas foi diagnosticado com o vírus, que já matou mais de três mil pessoas no oeste da África.

O paciente infectado, que não foi identificado para preservar sua privacidade, chegou ao Texas no dia 20 de setembro e procurou tratamento seis dias depois no Hospital Texas Health Presbyterian, em Dallas, de acordo com o CDC.

Ele recebe tratamento em um hospital de Dallas, no Estado norte-americano do Texas, está em estado grave, disse nesta quarta-feira uma porta-voz do Hospital Presbiteriano do Texas.

As autoridades de saúde do Texas informaram no Twitter não haver outros casos suspeitos de ebola no momento. Alguns especialistas de saúde disseram, dadas as informações do CDC até o momento, que um surto generalizado nos EUA parece improvável.

Viagem via Canadá

O primeiro paciente diagnosticado com Ebola nos Estados Unidos viajou da Libéria para o Texas via Bruxelas, disse a principal autoridade em saúde pública do Canadá, Greg Taylor, nesta quarta-feira.

As companhias aéreas norte-americanas e sua associação comercial, chamada Airlines for America, estão em contato próximo com os Centros de Controle de Doenças e Prevenção sobre as medidas a serem tomadas pelo governo dos EUA para lidar com as preocupações de saúde a respeito do Ebola, de acordo com um porta-voz da companhia JetBlue.

O posicionamento das empresas ocorre um dias depois do paciente ter o diganóstico de Ebola confirmado em Dallas, no Texas, o que levantou preocupações de que outros possam ter sido expostos ao vírus antes da vítima buscar tratamento.

Foto: Arte Terra

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