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Estados Unidos

Projeto democrata quer vetar proibição a muçulmanos de Trump

12 mai 2016 - 02h41
(atualizado às 11h35)
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Os democratas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos apresentaram nesta quarta-feira um projeto de lei que impediria o virtual indicado do Partido Republicano como candidato à presidência do país, o magnata Donald Trump, de levar adiante sua proposta de proibir a entrada de muçulmanos em território americano.

A medida, apresentada pelo representante democrata pela Virgínia Don Beyer, proíbe especificamente que a entrada nos EUA de imigrantes, refugiados e turistas seja negada com base em suas crenças ou ausência de crenças religiosas.

"Simplesmente, uma proibição de viagem com base na religião trairia a promessa de liberdade que deu nascimento a nosso país e feriria nossos interesses nacionais", afirmou o congressista ao apresentar a medida em entrevista coletiva no Capitólio.

"Independente do que pense Donald Trump, proibir a entrada no país de pessoas de um grupo religioso particular é inconstitucional e jamais teria o apoio do Congresso e dos tribunais", acrescentou em comunicado o representante por Maryland, Steny Hoyer.

No dia 7 de dezembro do ano passado, após os atentados islamitas que deixaram 130 mortos em Paris e 14 em San Bernardino, na Califórnia, Trump opinou que a entrada nos Estados Unidos de todos os muçulmanos deveria ser proibida em resposta ao "ódio" que, segundo ele, parte dessa comunidade sente em relação aos americanos.

Trump defendeu um bloqueio "completo e total" à entrada de muçulmanos no país até que as autoridades "averiguem o que está acontecendo".

"Sem olhar os diferentes dados das pesquisas, é óbvio para qualquer um que este ódio vai além do compreensível. De onde vem esse ódio e as motivações do mesmo é algo que temos que determinar", afirmou o magnata.

"Até que consigamos determinar e compreender este problema e a perigosa ameaça que ele representa, nosso país não pode ser vítima de horrendos ataques de gente que só acredita na jihad (guerra santa) e que não tem nenhum sentido de razão e respeito pela vida humana", acrescentou o bilionário.

Ontem, o novo prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, um muçulmano de origem paquistanesa, rejeitou a "exceção" que Trump disse que faria para deixá-lo entrar nos Estados Unidos apesar de sua religião, se o magnata ganhar as eleições presidenciais americanas.

EFE   
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