Defesa alega loucura para livrar falso Rockefeller da prisão
A defesa do alemão que se passava por herdeiro de uma das mais ricas dinastias do petróleo alegou nesta segunda-feira que ele estava "absolutamente louco" quando seqüestrou sua filha de 7 anos, durante uma visita supervisionada. Um júri composto por oito mulheres e quatro homens analisa o caso, em Boston, nos Estados Unidos.
O alemão, que usava o nome de Clark Rockefeller, chama-se na verdade Christian Karl Gerhartsreiter e está sendo acusado também de fornecer um nome falso à Justiça. A promotoria afirma que a alegação da defesa é absurda e disse que o acusado é um mestre na manipulação, que planejou o seqüestro por meses.
Gerhartsreiter, 48 anos, é acusado de ter seqüestrado a menina, Reigh, hoje com 8 anos, em julho do ano passado, em Boston. Eles foram encontrados seis dias depois, em Baltimore.
De acordo com o promotor responsável pelo caso, o acusado leva uma vida de mentiras desde que se mudou da Alemanha para os Estados Unidos, quando tinha 17 anos. Entre 1980 e 1993, ele teria usado cinco nomes diferentes, até começar a fingir ser membro da família Rockefeller. A ex-mulher, Sandra Boss, o conheceu com este nome e durante os 12 anos de união acreditou que ele se chamava Clark Rockefeller.
Susan contou no tribunal que só soube que a identidade do marido era falsa quando contratou um detetive particular, em 2007, época em que se divorciaram.
Segundo a promotoria, Gerhartsreiter procurou um agente imobiliário de Baltimore meses antes do seqüestro dizendo que planejava alugar uma casa para ele e a filha, o que confirmaria a premeditação do crime.
O advogado de defesa Jeffrey Denner desconsiderou a análise do psiquiatra James Chu, segundo o qual o acusado não estava "louco" quando cometeu o crime. Para Denner, o médico tem muito pouca experiência e é "incapaz" de avaliar seu cliente. Peritos contratados pela defesa disseram que Gerhartsreiter sofre de transtorno mental que o impede de ser responsabilizado criminalmente por seus atos.
Com informações da agência AP