Cuba recebe membros da ETA e das Farc, diz WikiLeaks
2 dez2010 - 12h39
(atualizado às 13h04)
Compartilhar
Cuba recebeu em seu território membros do grupo terrorista ETA e da guerrilha colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conforme dados enviados pelos diplomatas dos Estados Unidos em Havana a Washington, vazados pelo WikiLeaks.
Pelos dados do site enviados ao jornal El País, os EUA tiveram constância no ano passado da presença de terroristas da ETA e das Farc na ilha. Para os americanos, a presença dos terroristas na ilha não representa em si um motivo de alarme, pois considera "pouco provável que realizem uma operação terrorista".
Enviado em 27 de fevereiro de 2009, o documento assinala assinala que o governo de Cuba permite aos membros da ETA, das Farc e de outra organização colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN), "desfrutar de descanso e relaxo, assim como de receber cuidados médicos e outros serviços".
A nota demonstra que "as atividades específicas destes grupos" são desconhecidas, mas pode "afirmar que os membros da ETA que assessoram às Farc passaram tempo em Cuba e que, inclusive, alguns têm familiares no país".
O documento explica que não viu "evidência" que Havana permita a estes "serviços de inteligência planejar em Cuba operações terroristas contra dos Estados Unidos".
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco