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Estados Unidos

Cristã que se salvou de execução no Sudão chega aos EUA

A mulher de 26 anos, seu dois filhos pequenos e o marido Daniel Wani, seguem em direção a New Hampshire

1 ago 2014 - 10h28
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<p>A mulher de 26 anos, seu dois filhos pequenos e o marido Daniel Wani, cidadão americano e cristão, seguiram viagem em direção a New Hampshire, onde Wani tem família</p>
A mulher de 26 anos, seu dois filhos pequenos e o marido Daniel Wani, cidadão americano e cristão, seguiram viagem em direção a New Hampshire, onde Wani tem família
Foto: Twitter

Uma cristã sudanesa que havia sido condenada à morte por renunciar ao Islã, mas que evitou a condenação após fortes pressões internacionais sobre Cartum, chegou aos Estados Unidos com sua família nesta sexta-feira. 

Meriam Ibrahim Tehya Ishag chegou à Filadélfia na quinta-feira, onde foi recebida pelo prefeito como "uma lutadora pela liberdade no mundo", disseram meios de comunicação locais.

A mulher de 26 anos, seu dois filhos pequenos e o marido Daniel Wani, cidadão americano e cristão, seguiram viagem em direção a New Hampshire, onde Wani tem família. Ali foram recebidos com aplausos, balões e bandeiras dos Estados Unidos.

Depois de abandonar o Sudão, a família passou oito dias em Roma, onde a mulher foi recebida pelo papa Francisco, visitou o Coliseu e fez compras.

Ishag, de pai muçulmano, havia sido condenada à morte no dia 15 de maio em virtude da lei islâmica em vigor no Sudão, que proíbe as conversões.

Foi detida junto ao seu filho Martin, que na época tinha 20 meses, e condenada à forca por apostasia e a 100 chibatadas por adultério. Dias após sua condenação, deu à luz sua filha na prisão.

A interpretação sudanesa da sharia, em vigor no Sudão desde 1983, considera adultério a união entre uma muçulmana e um não muçulmano.

A condenação desencadeou indignação internacional e fortes pressões contra Cartum. 

A sentença contra Ishag foi revertida, mas ela voltou a ser presa enquanto tentava abandonar o país, acusada de apresentar documentos falsos. Dois dias depois voltou a ser libertada e se refugiou junto a sua família na embaixada dos Estados Unidos.

O governo americano declarou na semana passada que estava encantado com a libertação de Ishag, assim como com a oportunidade de recebê-la em seu território.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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