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Coreia do Norte acusa EUA de sabotagem após ataque a servidores

15 mar 2013 - 12h50
(atualizado às 12h52)
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A Coreia do Norte, geralmente acusada de atacar redes digitais alheias, acusou os Estados Unidos de sabotarem seus servidores de internet, após relatos de interrupções nos principais serviços de notícias norte-coreanos. A agência russa de notícias Itar-Tass disse que um "poderoso ataque hacker" do exterior derrubou os servidores da Coreia do Norte, impedindo o acesso a alguns sites.

A acusação ocorre num momento de crescente tensão entre a reclusa Coreia do Norte e a Coreia do Sul, junto com os EUA, país aliado dos sul-coreanos. O Norte já ameaçou travar uma guerra nuclear contra os EUA em resposta a novas sanções da ONU por causa de um recente teste nuclear norte-coreano. Pyongyang também se queixou de exercícios militares conjuntos que estão sendo realizados pelos EUA e a Coreia do Sul.

O canal de TV sul-coreano MBC disse que os serviços noticiosos do Norte estão entre os afetados pelo ataque cibernético. Isso inclui os sites da agência de notícias KCNA e o jornal oficial Rodong Sinmun, que estariam supostamente com instabilidades - embora fossem acessados normalmente na quinta e sexta-feira.

"Não é segredo para ninguém que os EUA e o regime fantoche sul-coreano estão maciçamente reforçando as forças cibernéticas em um esforço para intensificar atividades subversivas e sabotagens contra a RPDC (sigla oficial da Coreia do Norte)", disse a KCNA na sexta-feira. "Intensos e persistentes ataques com vírus estão sendo feitos diariamente contra os servidores de internet operados pela RDPC", reclamava o comunicado.

A Coreia do Norte já foi acusada de difundir softwares maliciosos que derrubaram sites de empresas e órgãos públicos estrangeiros, e por um ataque cibernético contra um servidor de um banco estatal sul-coreano em 2011, que levou uma semana para ser restaurado.

Pyongyang nega ter cometido os ataques, e acusa o Sul de conspirar para alimentar um confronto. No entanto, desertores da Coreia do Norte alertaram que o regime comunista de lá está recrutando milhares de engenheiros da computação para sua unidade de guerra cibernética.

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