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Estados Unidos

Conheça o plano de Obama para o controle de armas nos EUA

16 jan 2013 - 18h42
(atualizado às 18h48)
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Barack Obama apresentou nesta quarta-feira um programa com 15 páginas para endurecer o controle da venda e uso de armas nos Estados Unidos. Ao lado do vice-presidente Joe Biden, encarregado de organizar a proposta, o presidente americano pediu o apoio da população para a aprovação do plano no Congresso o mais rápido possível. "Isto (o controle de armas) não irá acontecer até que os americanos exijam", disse Obama.

Em entrevista coletiva, o presidente Barack Obama anunciou um plano para o controle de armas nos Estados Unidos
Em entrevista coletiva, o presidente Barack Obama anunciou um plano para o controle de armas nos Estados Unidos
Foto: AFP

A proposta é dividida em quatro pontos básicos: checagem dos antecedentes criminais de quem quiser comprar uma arma, proibição de venda de armas de assalto, segurança nas escolas e aumento da cobertura médica em saúde mental. A capa do documento, intitulado “Now is the time” (agora é a hora), afirma que o objetivo das propostas presidenciais é “proteger nossas crianças e nossas comunidades, reduzindo a violência armada”.

Pente fino nos compradores

O primeiro ponto trata da eliminação das lacunas de verificação de antecedentes criminais para manter as armas longe do alcance de pessoas perigosas. Ao apresentar essa proposta, o plano ressalta que “a maioria” dos americanos compra armas legalmente e buscando autodefesa, mas, devido a falhas no sistema de verificação dos antecedentes criminais dos compradores, muitas vezes “irresponsáveis e perigosos” acabam conseguindo adquirir armas. Por isso, o governo quer submeter os compradores a um pente fino, além de fortalecer o Sistema Nacional de Checagem de Antecedentes Criminais.

Armas de assalto

O plano sugere, no segundo ponto, que seja colocada em vigor novamente a lei que entre 1994 e 2004 proibiu a venda de armas de alta capacidade, como os rifles semiautomáticos - arma usada pelo atirador que matou 26 pessoas, a maioria crianças, em uma escola de Newtown em 14 de dezembro do ano passado. Obama também quer punições mais severas para o tráfico de armas, além de manter pelo menos 15 mil policiais treinados nas ruas, melhorar os sistemas de rastreamento das armas, nomear um diretor para o Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), e analisar informações sobre armas perdidas ou roubadas.

Anualmente, aproximadamente 30 mil pessoas morrem vítimas de armas de fogo nos Estados Unidos. Ao citar esse número, o projeto defende destinar recursos para pesquisas sobre as causas da violência. Médicos e profissionais de saúde deveriam ser aliados do governo para entender as situações de risco envolvendo pacientes com distúrbios mentais. Ainda dentro do segundo ponto, o plano de Obama sugere o lançamento de uma campanha sobre a posse responsável de armas.

Segurança nas escolas

A proposta defende que as escolas estejam preparadas para responder em casos de emergência, “como um tiroteio em massa”. “O Congresso deve conceder US$ 30 milhões de uma só vez aos Estados para ajudar as escolas a desenvolver e implementar planos de gestão de emergências”, diz o documento.

Obama quer policiais fazendo exclusivamente a segurança dos centros educacionais, além de inserir profissionais especializados em saúde mental no ambiente escolar para prevenir possíveis crimes cometidos por alunos. Se aprovadas, as medidas farão parte de um novo programa de segurança que contará com aporte financeiro de US$ 150 milhões, verba que será utilizada para a contratação de profissionais e equipamentos pelas escolas.

Serviços de saúde mental

O projeto ressalta que “embora a maioria dos americanos que sofrem de doenças mentais não seja violenta”, os casos mais recentes de “fuzilamentos em massa” foram protagonizados por pessoas nessa situação. Por isso, o governo americano quer identificar esse tipo de problema mais cedo e oferecer tratamento.

Entre as propostas, está encaminhar pelo menos 750 mil jovens para tratamento, já que, de acordo com o documento, a maioria dos problemas desse tipo surge quando o indivíduo atinge 24 anos. Pela proposta governista, mais de US$ 100 milhões seriam investidos no treinamento de professores para atender crises em alunos que sofrem de alguma doença mental e auxiliar as escolas a promover programas visando esses pacientes.

Obama ainda pretende treinar pelo menos 5 mil profissionais de saúde para atender jovens em idade escolar, além de lançar um “debate nacional para elevar a compreensão sobre a saúde mental” e obrigar os planos de saúde a cobrir esse tipo de tratamento.

Fonte: Terra
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