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Estados Unidos

Congresso entra em último dia para evitar paralisia do governo americano

30 set 2013 - 09h10
(atualizado às 09h25)
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Milhares de funcionários públicos dos Estados Unidos saíram para trabalhar nesta segunda-feira sem saber se retornarão aos postos na terça-feira, pois os congressistas têm até a meia-noite para chegar a um acordo sobre um orçamento provisório para evitar a paralisia parcial do Estado federal.

A maioria democrata no Senado retoma suas tarefas às 18h GMT (15h no horário de Brasília) e deve rejeitar o projeto de orçamento aprovado no domingo pela Câmara de Representantes, de maioria republicana. As negociações voltam ao ponto de partida, a poucas horas do início do ano fiscal de 2014.

Sem a alocação de novos créditos, as agências federais terão que colocar sob licença não remunerada mais de 800 mil funcionários não essenciais, reduzindo ao mínimo necessário o efetivo das administrações, algo que o presidente Barack Obama chamou de "auto-mutilação" em seu discurso semanal no sábado.

Um eventual acordo para evitar a paralisia poderia ocorrer antes do prazo de meia-noite, mas poucos acreditam que isso é possível. "Nós sabemos o que vai acontecer. (Segunda-feira) o Senado se reunirá em sessão. E a posição da Câmara (...) será rejeitada, e vamos enfrentar a perspectiva da paralisação do funcionamento do governo à meia-noite", declarou o senador Richard Durbin à CBS.

A Câmara de Representantes aprovou um projeto de orçamento de dois meses e meio, até 15 de dezembro, para negociar um orçamento para todo o ano fiscal de 2014. Mas, sob pressão de representantes do Tea Party ultraconservadores, duas emendas foram adicionadas ao texto: adiar por um ano a implementação da reforma da saúde impulsionada por Obama, e eliminar um imposto sobre equipamentos médicos criado por essa reforma.

Uma provocação, de acordo com senadores democratas, que se recusam a mexer em uma das principais reformas do primeiro mandato de Obama. Em abril de 2011, um confronto semelhante foi resolvido apenas uma hora antes do prazo com um acordo de financiamento do Estado no prazo de sete dias.

Frente a possibilidade de uma primeira paralisia do Estado federal, desde 1996, cada uma das partes tentou conquistar no domingo a batalha da opinião pública.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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