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Estados Unidos

Confira algumas das mensagens atribuídas a Osama bin Laden

2 mai 2011 - 01h39
(atualizado às 10h29)
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Estas são algumas das mensagens atribuídas ao longo dos anos ao líder terrorista Osama bin Laden, morto no domingo numa operação americana no Paquistão.

Al-Qaeda divulga novo áudio de Bin Laden:

2001

7 de outubro: Osama bin Laden declara em um vídeo divulgado pela TV Al-Jazeera, de Qatar, no primeiro dia dos bombardeios britânico-americanos contra o Afeganistão:

"(...) Juro por Deus que os Estados Unidos nunca mais conhecerão a segurança, antes que a Palestina a conheça, e antes que todos os exércitos ocidentais ateus sairão das terras santas (do Islã)".

3 de novembro: A Al-Jazeera divulga um vídeo em que Bin Laden afirma:

"Nós sofremos e continuamos a sofrer por causa da ONU, e nenhum muçulmano deve se dirigir a ela (ONU), já que é um instrumento de crimes (...) Os que fingem ser dirigentes árabes e cujos países são membros da ONU são infiéis que renegaram o Corão e a tradição do Profeta (...) Os que querem resolver nossos problemas nas Nação Unidas são hipócritas".

10 de novembro: entrevista de Bin Laden publicada pelo jornal paquistanês Dawn: "Os Estados Unidos e seus aliados nos massacram na Palestina, na Chechênia, na Caxemira, no Iraque (...) Os muçulmanos têm direito a exercer represálias contra os Estados Unidos. (...) Desejo dizer que se os Estados Unidos usarem armas químicas ou nucleares contra nós, poderemos então responder com armas nucleares e químicas".

13 de dezembro: no final de novembro, é encontrado um vídeo no leste do Afeganistão que é divulgado pelo Pentágono. Bin Laden declara, satisfeito: "Calculamos de antemão o número de vítimas mortais do inimigo, em função de sua posição na torre. Calculamos que três ou quatro andares seriam atingidos Eu era o mais otimista de todos, devido à minha experiência". "Estavam loucos de alegria quando o primeiro avião se chocou contra o prédio. Eu lhes disse: 'Sejam pacientes'".

"Mohammed Atta, de família egípcia (...) estava a cargo do grupo" de 19 seqüestradores que levaram os quatro aviões a se chocarem contra o World Trade Center".

27 de dezembro: A Al-Jazeera divulga um vídeo em que Bin Laden considera que "o terrorismo contra os Estados Unidos é louvável porque está destinado a responder à injustiça e a forçar os Estados Unidos a deixar de apoiar Israel, que nos mata".

2002

31 de janeiro: A CNN divulga fragmentos de uma entrevista feita pela Al-Jazeera em outubro de 2001 com Bin Laden: "A batalha já se moveu para o interior da América do Norte. Continuaremos com esta luta até a vitória ou até que nos reencontremos com Deus".

15 de abril: A Al-Jazeera divulga um vídeo que apresenta o testamento de um dos autores dos atentados. Nesse vídeo, Bin Laden permanece em silêncio.

17 de abril A Al-Qaeda reivindica os atentados em um vídeo divulgado pela rede árabe MBC. Bin Laden se felicita pelas perdas econômicas dos Estados Unidos.

19 de maio: Em um vídeo divulgado por várias TVs, Bin Laden ameaça todos os países aliados de Israel, sobretudo a Grã-Bretanha.

23 de junho: O porta-voz da Al-Qaeda anuncia que Bin Laden e o mulá Omar estão vivos, e diz que "atacarão onde (os americanos) menos esperam".

25 de agosto:: um site islâmico divulga uma suposta carta de Bin Laden, em que ele faz um apelo ao povo afegão "à jihad e à resistência contra as forças americanas presentes no Afeganistão" e prevê "a próxima queda dos estados impuros, à frente deles os tirânicos Estados Unidos, que pisoteiam todos os valores humanos".

9 de setembro: Osama bin Laden reivindica os atentados de 11 de setembro, revela os nomes dos 19 autores suicidas dos atentados e lhes presta homenagem em um áudio divulgado pela Al-Jazeera.

12 de novembro: Al-Jazeera difunde uma gravação sonora atribuída a Bin Laden na qual este reivindica os atentados de Djerba (Tunísia), em abril de 2002, de Karachi (Paquistão), em maio de 2002, e de Bali (Indonésia), em outubro de 2002. Também elogia os ataques contra o petroleiro francês "Limbourg", no Iêmen, e contra soldados americanos no Kuwait, assim como a tomada de reféns em Moscou.

2003

11 de fevereiro: em uma gravação de áudio divulgada pela Al-Jazeera, Laden pede apoio ao regime iraquiano, apesar de ser "ímpio", frente à iminente invasão americana.

16 de fevereiro: Bin Laden classifica o presidente Bush de "faraó do século" e diz que os muçulmanos que têm a "possibilidade de derrotar os americanos", em uma gravação de áudio divulgada pela Al-Jazeera.

18 de outubro: Al-Jazeera difunde uma gravação de áudio atribuída a Bin Laden na qual ameaça os Estados Unidos com novos atentados e realizar represálias contra os países que participam na guerra no Iraque. Em uma segunda mensagem, Bin Laden se declara satisfeito com "a jihad do povo iraquiano" e afirma que os Estados Unidos "estão atolados" no Iraque.

2004

4 de janeiro: Al-Jazeera apresenta um gravação sonora atribuída a Osama Bin Laden na qual ele alude à captura de Saddam Hussein, em 13 de dezembro, pelo Exército americano. Promete às monarquias do Golfo a mesma sorte que o do ex-presidente iraquiano.

15 de abril: Em uma mensagem sonora difundida pela Al-Arabiya e autenticada pela CIA, Osama Bin Laden propõe a paz a todos os países europeus que aceitem "não agredir os muçulmanos" e ataca violentamente os Estados Unidos. Justifica os atentados de 11 de março em Madri sem reivindicá-los abertamente.

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7 de maio: Um site islamita publica uma mensagem atribuída a Osama Bin Laden incentivando a guerra santa contra o governo interino do Iraque.

29 de outubro: Osama Bin Laden acusa o presidente George W. Bush de negligência no dia dos atentados de 11 de setembro de 2001 e ameaça os Estados Unidos com mais atentados, em uma fita de vídeo difundida pela televisão Al-Jazeera.

16 de dezembro: O chefe da Al-Qaeda pede que seus partidários ataquem as instalações petroleiras, em particular no Iraque e no Golfo Pérsico, em mensagem de áudio atribuída a ele e difundida em um site islamita.

27 de dezembro: Bin Laden reconhece o jordaniano Abu Musab Al-Zarqawi como chefe da Al-Qaeda no Iraque (áudio).

2006

19 de janeiro: Bin Laden ameaça os Estados Unidos com novos atentados e afirma que há operações em preparação em seu solo, mas também oferece uma "trégua de longa duração" ao povo americano (áudio).

23 de abril: Bin Laden denuncia o isolamento por parte dos ocidentais do governo palestino dirigido pelo Hamas e pede a seus seguidores que "se preparem para uma guerra de longa duração" em Darfur (áudio).

23 de maio: Bin Laden afirma que o francês Zacarias Mussaui, condenado em maio de 2006 nos Estados Unidos à prisão perpétua por cumplicidade nos atentados de 11 de setembro, e os presos de Guantánamo não têm nada a ver com esses atentados e assume sozinho toda a responsabilidade (áudio).

30 de junho: Bin Laden exige o presidente americano George Bush que entregue o corpo de Abu Musab Zarqawi, morto em um bombardeio americano, à sua família e promete que a Jihad no Iraque continuará mesmo sem ele (áudio).

1º de julho: Denuncia o genocídio contra os sunitas no Iraque, acusando os "bandos de desprezíveis traidores" dentro do governo.

2007

15 de julho: Bin Laden faz um elogio aos mártires, declarando: "Feliz aquele que foi escolhido por Alá para ser um mártir" (extraído de vídeo com data não foi determinada).

11 de setembro: elogia Walid al Shehri, um dos autores dos atentados do 11-S, em vídeo tornado público no sexto aniversário desses ataques, mostrando imagem fixa de Bin Laden.

22 de outubro: gravação sonora atribuída a Bin Laden, pedindo aos insurgentes do Iraque que unam suas forças e evitem a divisão.

Morte de Osama bin Laden
Na noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. Antes das forças americanas agirem, o líder dos EUA informou ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, que o terrorista havia sido localizado em mansão na cidade de Abbottabad, perto de Islamabad, capital do Paquistão. "Ligamos para o presidente paquistanês para deixar claro que não estávamos declarando guerra ao governo", informou Obama. "Os EUA não estão nem nunca estarão contra o Islã, mas contra a Al-Qaeda e seus líderes", afirmou. Segundo Obama, matar Osama bin Laden era prioridade do governo americano. "A justiça foi feita", disse. Mentor dos ataques de 11/9, Osama bin Laden era o terrorista mais procurado do mundo .

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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