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Estados Unidos

Começa julgamento por crime que abriu feridas raciais nos EUA

24 jun 2013 - 10h28
(atualizado às 12h38)
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Quase um ano e meio depois que o adolescente negro Trayvon Martin, que estava desarmado, foi morto por George Zimmerman, de origem hispânica, numa localidade da Flórida, começa nesta segunda-feira o julgamento de um caso que comoveu e reabriu as feridas raciais nos Estados Unidos.

Um júri de seis mulheres ouvirá as alegações dos advogados de Zimmerman e dos promotores estaduais que o acusam de assassinato duplamente qualificado no Palácio da Justiça de Seminole, Sanford (centro da Flórida).

O caso, que será julgado por Debra Nelson, provocou um debate nacional sobre questões raciais, as armas e a igualdade das pessoas perante a lei e a justiça.

Estas questões ganharam relevância na pequena cidade de Sanford, onde mais de 80% de seus 53.000 habitantes são brancos.

Em função disso, a organização National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) convocou para a noite desta segunda uma reunião de líderes comunitários para atualizar a comunidade sobre o andamento do processo e para que as pessoas discutam as questões envolvidas.

Zimmerman, de 29 anos, declarou-se inocente alegando que, como vigilante comunitário voluntário, atuou em legítima defesa durante um confronto com Martin, um adolescente de 17 anos que andava desarmado pela rua na noite de 26 de fevereiro de 2012.

A justiça deverá determinar se foi um caso de legítima defesa ou um assassinato, além de convencer a opinião pública quanto ao peso que teve o preconceito racial na execução do crime.

Está previsto que o julgamento dure entre quatro e seis semanas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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