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Estados Unidos

Clima na cidade é de guerra, afirma brasileira em Cambridge

Morando na cidade desde 2006, Catarine Verdi afirmou que população da cidade não sai às ruas

19 abr 2013 - 09h54
(atualizado às 10h29)
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<p>A busca ocorre por todo o subúrbio de Boston</p>
A busca ocorre por todo o subúrbio de Boston
Foto: AP

Um clima de guerra. É assim que a brasileira Catarine Verdi, 36 anos, definiu a situação na cidade de Cambridge, localizada ao lado de Watertown e Boston, nos EUA, enquanto a polícia americana realizava uma megaoperação para capturar um dos suspeitos de realizar os ataques na maratona de Boston. Morando na cidade desde 2006, Catarine afirmou ao Terra que a população da cidade não sai às ruas após uma orientação da polícia. "Parece uma guerra, pois nada abre, todos estão em casa. Não há carros, ônibus e nem metrô".

Na noite de quinta-feira, houve um tiroteio entre os suspeitos - identificados como dois irmãos que, segundo a imprensa americana, seriam de origem chechena - e policiais no campus da universidade Massachusetts Institute of Technology (MIT). Tamerlan Tsarnaev, 26 anos, foi morto durante a perseguição nesta madrugada, mas Dzhokhar A. Tsarnaev, 19 anos, continua foragido. "Um dos suspeitos estudava na escola da esquina da nossa casa, chamada Cambridge Rindge School, acho que ele fazia parte do time de wrestling (...) eu devo ter cruzado com ele na rua principal da escola, que é onde todos almoçam" afirmou a brasileira. 

A polícia americana emitiu um comunicado para que a população de Cambridge não abra a porta de casa para estranhos, a não ser que seja um oficial da polícia. De acordo com Verdi, na quinta-feira, por volta das 22h (horário local) eles receberam um alerta que havia um homem armado no campus da universidade. "Até ontem à noite não sabíamos quão grave era a situação, quando soubemos ficamos chocados, meu marido trabalha no MIT, mas já estava em casa. Cambridge é uma cidade pequena e super pacata, nunca imaginaria isso acontecendo aqui", afirma.

O sentimento da brasileira é de apreensão, já que a perseguição ao suspeito continua. "É uma mescla de suspense e violência, eu sinto muito mesmo pelos policiais, pois esta é uma hora de muita tensão aqui. Eu sempre tive a impressão de que os policiais daqui (EUA) não morrem, mas dessa vez tudo está tão perto que soube da morte de alguns deles pela nossa segurança", diz.

Ao chegarem ao MIT na noite de quinta-feira, os agentes encontraram um policial ferido por vários tiros, que não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Já outro policial americano morreu na troca de tiros durante a perseguição aos acusados.

Para a brasileira, mesmo com os atentados durante a maratona de Boston, a violência ainda era algo distante. "Cambridge é separada por uma ponte de Boston, então quase nunca vamos para lá e parecia algo meio distante, mas depois que soubemos que os suspeitos estava no campus do MIT, que é perto da onde moramos, começamos a ficar em alerta", disse. 

Mesmo morando tão próxima a perseguição, que acontece por toda a região, Catarine Verdi afirma que não escutou grande movimentação pelas ruas da cidade, apenas o barulho de algumas viaturas. Pela violência, ela afirma ainda não pensar em voltar ao Brasil. "Acho que sentiria vontade de voltar para o Brasil se realmente uma guerra começasse e nós ficássemos bloquados aqui", concluiu. 

Foto: Terra

Fonte: Terra
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