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Oriente Médio

Chávez pede a Obama calma para evitar conflito nuclear com Irã

2 jul 2010 - 19h32
(atualizado às 19h44)
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu nesta sexta-feira ao seu homólogo americano, Barack Obama, que tenha prudência no conflito com o Irã por considerá-lo capaz de detonar uma guerra nuclear.

Obama aprovou na quinta-feira uma lei que impõe duras sanções unilaterais dos Estados Unidos a Teerã, inclusive contra o seu importante setor de combustíveis, para tentar convencer a República Islâmica a abandonar suas atividades de enriquecimento de urânio.

"Estamos muito preocupados porque os Estados Unidos, no seu empenho por dominar o Irã e recuperar o petróleo que maneja, não têm limite", afirmou Chávez, critico feroz de Washington e aliado político do Irã.

"Cuidado com uma guerra nuclear, Obama! Cuidado com uma bomba atômica! No que exploda a primeira, vem a segunda, e isso põe em perigo ainda mais não só a paz mundial, mas também a sobrevivência da espécie humana", disse ele num ato público transmitido pela TV estatal.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia já impuseram suas próprias sanções ao Irã por causa das suspeitas de que o país esteja secretamente desenvolvendo armas nucleares. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades, o que Chávez diz ser verdade.

Chávez contou que seu amigo e mentor Fidel Castro, presidente aposentado de Cuba, lhe enviou uma carta expressando preocupação com as tensões no Oriente Médio.

"Aqui está a carta de Fidel, punho e letra tem a ver com a grande crise que há no Oriente Médio, que Fidel esteve estudando e alertando ao mundo, o que ele considera iminente uma guerra nuclear", afirmou.

Venezuela e Estados Unidos têm relações bastante tensas, o que não impediu Chávez de dar as boas vindas ao novo embaixador americano em Caracas, Larry Palmer.

"Obama acaba de enviar um novo embaixador à Venezuela afrodescendente, é claro, tomara que cumpra o que Obama me prometeu: 'Chávez, não sei se seremos amigos, mas pelo menos te asseguro que no meu governo não nos meteremos nas coisas internas da Venezuela'."

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