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Estados Unidos

Casa Branca não perdoará Snowden por vazar programas

O advogado do ex-analista da NSA criticou a politização do caso pela presidência

28 jul 2015 - 14h14
(atualizado às 17h25)
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Snowden é acusado de espionagem por revelar programas secretos de vigilância do governo dos Estados Unidos
Snowden é acusado de espionagem por revelar programas secretos de vigilância do governo dos Estados Unidos
Foto: Getty Images

A Casa Branca respondeu nesta terça-feira com um 'não' o pedido feito ao presidente Barack Obama para perdoar Edward Snowden, asilado na Rússia e acusado de espionagem por revelar em 2013 os programas secretos de vigilância do governo americano.

Snowden "deveria voltar aos Estados Unidos e ser julgado por um júri popular - não se esconder sob a proteção de um regime autoritário. Neste momento ele está fugindo das consequências de suas ações", afirmou Lisa Monaco, assessora de Obama para segurança nacional e luta antiterrorista, em nota oficial.

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A "perigosa decisão de Snowden de roubar e revelar informação classificada teve graves consequências para a segurança de nosso país e para as pessoas que trabalham dia após dia para protegê-la", anotou Monaco.

O pedido de perdão para Snowden foi publicado no site "We the people (Nós, o povo)", hospedado dentro do site da Casa Branca em junho de 2013, pouco depois das revelações do ex-analista da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA).

"Edward Snowden é um herói nacional e deveria ser emitido imediatamente um perdão pleno e absoluto por qualquer crime que ele tenha cometido ou possa ter cometido ao divulgar os programas secretos de vigilância", afirmava o pedido.

O advogado de Snowden lamentou que os Estados Unidos tenham negado o pedido popular de indulto para seu cliente, e criticou a politização do caso pela Casa Branca.

"Nesse país, o caso Snowden é olhado do ponto de vista político e não jurídico. Falam de Edward como um criminoso", disse Anatoly Kucherena, assessor legal do ex-analista, à agência "Interfax".

Kucherena avaliou que as declarações sobre Snowden mostram que as autoridades americanas "não estão dispostas a dirigir no futuro uma investigação honesta, justa e imparcial".

O advogado criticou o tom "obsceno" empregado por Monaco e lembrou o fato de os Estados Unidos dedicarem todas suas energias a desacreditar seu cliente, já que não têm provas de que Snowden seja um criminoso.

"Enquanto isso, existem dados de que os serviços secretos dos Estados Unidos escutavam e continuam escutando não só seus cidadãos, mas os líderes de outros países", rebateu.

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EFE   
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