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Estados Unidos

Califórnia adverte contra exposição intencional ao sarampo

10 fev 2015 - 10h20
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Autoridades de saúde da Califórnia fizeram uma advertência aos pais para que não exponham intencionalmente seus filhos ao sarampo, o que poderia agravar o surto da doença no Estado.

Em resposta a perguntas da imprensa sobre as chamadas festa do sarampo, o Departamento de Saúde Pública da Califórnia afirmou não estar ciente desses fatos ou sua frequência.

Mas acrescentou que a doença, com 107 casos confirmados desde um surto iniciado no final do ano passado, é séria.

"O departamento recomenda fortemente que não haja a exposição intencional de crianças ao sarampo, já que isso deixa desnecessariamente as crianças sob grave risco em potencial e poderia contribuir para uma maior propagação", disse a porta-voz do departamento, Anita Gore, na segunda-feira.

Em 2011, as autoridades federais emitiram severas advertências depois de reportagens na imprensa de que pais com medo da vacina estavam trocando informações por email para buscar a imunização das crianças por meio de sua exposição ao vírus.

Mais de um terço dos casos da Califórnia estão associados a um surto que as autoridades de saúde acreditam ter começado no parque temático da Disneylândia, em Anaheim, em dezembro. Gore disse que 30 por cento das pessoas infectadas no surto atual foram hospitalizadas.

Pelo menos 36 casos adicionais da doença altamente infecciosa foram relatados em outros 19 Estados e no México, incluindo três novas pessoas diagnosticadas no Condado de Cook, Estado do Illinois. Sete dos oito casos até agora registrados no Condado de Cook estão associados a uma creche na cidade de Palatine.

Autoridades de saúde do Estado da Geórgia confirmaram o caso de uma criança que chegou a Atlanta vinda de fora dos Estados Unidos, o primeiro registro de sarampo no Estado desde 2012. O Departamento de Saúde Pública da Califórnia diz que 39 dos 107 casos confirmados no Estado tiveram origem na Disneylândia.

O surto de sarampo renovou um debate sobre o chamado movimento antivacinação. O medo dos potenciais efeitos colaterais de vacinas foi alimentado por uma pesquisa, depois desmascarada, sugerindo uma ligação da imunização com o autismo. Isso levou uma pequena minoria de pais a se recusar a vacinar os filhos.

Alguns pais também optam por não vacinar os filhos por razões religiosas ou outros motivos.

O sarampo foi declarado eliminado nos Estados Unidos em 2000, depois de décadas de intensa campanha de vacinação. Mas, no ano passado, o país teve seu maior número de casos de sarampo em 20 anos. A maioria das pessoas se recupera dentro de algumas semanas, embora a doença possa ser fatal em alguns casos.

(Reportagem de David Beasley na Geórgia, Mary Wisniewski em Chicago, Dan Whitcomb em Los Angeles e Curtis Skinner em San Francisco)

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