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Estados Unidos

Boston: policial baleado em perseguição a terroristas quer voltar ao trabalho

Richard Donohue, 33 anos, ainda tem uma bala no corpo. Ele foi atingido durante a perseguição aos irmãos Tsarnaev, em Watertown

20 mai 2013 - 16h46
(atualizado às 16h58)
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<p>Richard Donohue sobreviveu à caçada dos suspeitos do atentado da maratona de Boston e, com uma bala no corpo, quer voltar a trabalhar</p>
Richard Donohue sobreviveu à caçada dos suspeitos do atentado da maratona de Boston e, com uma bala no corpo, quer voltar a trabalhar
Foto: AP

Com uma bala ainda alojada no corpo, o policial que sobreviveu à caçada dos suspeitos do atentado da maratona de Boston disse no domingo que está decidido a voltar a trabalhar. Richard Donohue, 33 anos, da Massachusetts Bay Transportation Authority (MBTA), é uma das tantas vítimas do ataque do dia 15 de abril que buscam recuperação. Na última sexta-feira, ele foi transferido para um hospital de reabilitação em Boston.

Donohue usa muletas e está tendo que lidar com danos no sistema nervoso que tornam uma simples caminhada uma atividade dolorosa e também impõem dificuldades para dormir. Ainda assim, sentado ao lado da sua mulher, Kim Donohue, o policial diz que sua saúde se fortalece a cada dia.

Ao lado de trabalhar para voltar a trabalhar sem a ajuda de equipamentos, ele está passando por sessões de terapia fonoaudiológica e outros tratamentos para preparar sua mente e seu corpo para voltar para casa. Ele conta que espera completar o tempo necessário de internação para passar mais tempo com seu filho de 7 meses, que ganhou quatro novos dentes na ausência do pai, e jogar bola com o beagle da família.

<p>Ao lado da sua mulher, o policial diz que sua saúde se fortalece a cada dia</p>
Ao lado da sua mulher, o policial diz que sua saúde se fortalece a cada dia
Foto: AP

Donohue não tem recordações do tiroteio que o deixou baleado em uma rua no subúrbio de Watertown. Sua última memória do dia em que quase sangrou até a morte é a apresentação no início do turno de serviço que acabaria marcado pela caçada.

Isso ocorreu horas antes de o policial responder à chamada feita depois que autoridades afirmaram que Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev haviam baleado e matado seu colega e amigo Sean Collier, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Foi em Watertown, durante um confronto com os suspeitos, que uma bala perfurou a virilha de Donohue atingindo sua artéria femoral.

Tamerlan Tsarnaev morreu na mesma rua em que o policial foi ferido. Autoridades disseram que Dzhokhar atropelou seu irmão durante a fuga depois que seu irmão, após ficar sem munição, foi alcançado pelos policiais. Como causas da morte de Tamerlan Tsarnaev foram apontados ferimentos de bala e traumas na cabeça e no tronco.

Mas Donohue, oficial da MBTA há três anos, não tem memória da caçada que quase terminou com sua morte. “Até agora, não passa de um apagão para mim”, conta.

Ainda não está claro como Donohue foi ferido. Ele disse que, se se concluir que a bala que o atingiu partiu de um colega, ficará satisfeito por a polícia ter “feito seu trabalho” em uma situação caótica onde, segundo as autoridades, os suspeitos arremessaram explosivos e atiraram contra os policiais.

<p>Sua última memória do dia em que quase sangrou até a morte é a apresentação no início do turno de serviço que acabaria marcado pela caçada</p>
Sua última memória do dia em que quase sangrou até a morte é a apresentação no início do turno de serviço que acabaria marcado pela caçada
Foto: AP

“Se foi fogo amigo, foi fogo amigo”, ele disse. “Nós fizemos nosso trabalho e o outro suspeito foi capturado logo depois, então estou simplesmente feliz (com o modo como tudo acabou).”

O policial de trânsito diz ser a favor de que as autoridades apresentem denúncias adicionais contra Dzhokhar Tsarnaev pela morte do seu colega Collier. Donhue, no entanto, não afirma que seria favorável à pena de morte no caso da condenação do suspeito, atualmente preso em um hospital prisional. “Um deles, eu acredito, já confrontou a Justiça”, falou ele sobre Tamerlan Tsarnaev.

A mulher de Donohue se diz orgulhosa do seu marido. E enquanto a palavra “herói” ainda não é muito usada em sua casa, seu filho de 7 meses terá muito com que cumprir à medida que ficar mais velho.

“Nós costumamos dizer que ele não terá como se livrar facilmente das coisas. Algo como: “hm, você não quer comer esta vagem? Bem, o papai foi baleado na perna e escapou da morte. “Então, se você puder nos fazer um favor e comer sua comida, isso será ótimo”, relata a mãe de 31 anos com um sorriso na face.

O chefe da polícia da MBTA, Paul MacMillan, reagiu com aprovação após saber dos planos de Donohue de retornar à antiga forma. “Eu entendo que é absolutamente incrível o esforço que foi feito para salvar sua vida naquela noite. E também o fato de que ele conseguiu chegar tão longe”, disse. “Nós adoraríamos tê-lo de volta, mas, antes de mais nada, queremos que ele fique bem”.

<p>Ele disse que, se se concluir que a bala que o atingiu partiu de um colega, ficará satisfeito por a polícia ter feito seu trabalho em uma situação caótica onde</p>
Ele disse que, se se concluir que a bala que o atingiu partiu de um colega, ficará satisfeito por a polícia ter feito seu trabalho em uma situação caótica onde
Foto: AP

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Fonte: AP AP - The Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser copiado, transmitido, reformado o redistribuido.
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