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Estados Unidos

Barroso diz aos EUA: "o que esperamos dos aliados é lealdade"

2 jul 2013 - 06h58
(atualizado às 08h45)
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O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse nesta terça-feira que na União Europeia o que se espera dos aliados, como os Estados Unidos, é "lealdade", em alusão à suposta ação de espionagem dos Estados Unidos em instituições da Comunidade Europeia.

"Sempre fomos leais com nossos aliados e o que esperamos deles é também essa lealdade", disse Barroso em um debate na Eurocâmara depois que o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, se mostrou igualmente "preocupado" com o assunto.

"Se estas notícias forem verdadeiras estaremos diante de uma situação muito preocupante, por isso que assim que tomamos conhecimento dessas informações pedimos explicações aos EUA", afirmou Barroso.

O presidente da Comissão Europeia reiterou aos eurodeputados, que debaterão a suposta espionagem nesta quarta-feira e devem também aprovar uma resolução, que o Serviço Europeu de Ação Exterior está em contato com as autoridades dos EUA.

Van Rompuy quis reiterar sua mensagem de ontem à noite em que assinalava que a UE "tomou nota" do compromisso do presidente dos EUA, Barack Obama, de revisar as alegações de espionagem às representações comunitárias e às embaixadas de países aliados e de proporcionar a essas nações "toda a informação" que for solicitada.

O presidente do Conselho Europeu está "muito preocupado" com as informações sobre a suposta espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA nos escritórios da UE no exterior e em Bruxelas, afirmou o porta-voz, Dirk De Backer.

"A UE está examinando as alegações e está em contato com as autoridades americanas", e exigiu "claros e urgentes esclarecimentos", afirmou.

Todos os embaixadores americanos destacados nos países da UE foram "convidados" a dar explicações em seus respectivos destinos, disse hoje o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders.

O governo dos EUA defendeu na última segunda-feira seus polêmicos programas de espionagem, que ultrapassaram fronteiras e afetaram UE, ONU e países como Japão e México, diante da indignação e do pedido de informação de seus parceiros europeus.

Longe de oferecer desculpas, tanto Obama como seu secretário de Estado, John Kerry, deram a entender que a espionagem das comunicações não é algo incomum e que muitos outros países também fazem o mesmo.

EFE   
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