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Estados Unidos

Bairros inteiros são devastados por tornado em Oklahoma

21 mai 2013 - 19h19
(atualizado às 19h26)
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Equipes de resgate percorrem nesta terça-feira cada imóvel em busca de vítimas, e milhares de sobreviventes estavam desabrigados nesta terça-feira, um dia depois de um tornado devastar um subúrbio de Oklahoma City, arrasando bairros inteiros e matando 24 pessoas.

O número de mortos é inferior ao que se temia inicialmente, mas nove crianças estavam entre os mortos, incluindo sete alunos da escola primária Plaza Towers, atingida diretamente pelo tornado, o mais violento nos Estados Unidos em dois anos.

Equipes de emergência resgataram mais de 100 sobreviventes de escombros de casas, escolas e um hospital e 237 pessoas ficaram feridas. Cães farejadores percorrem o entulho procurando cadáveres.

A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, disse nesta terça-feira que o número de mortos pode subir. "Pode haver corpos que foram levados a funerárias locais", disse ela.

O Serviço Nacional de Meteorologia revisou para cima nesta terça-feira o seu cálculo sobre a força do tornado, estimando-o em um raro fenômeno da categoria EF5, o topo da Escala Melhorada Fujita, o que significa ventos superiores a 320 quilômetros por hora. Equipes de avaliação de danos determinaram que ele deixou um rastro de destruição de 23 x 2 quilômetros.

Equipes dos bombeiros, da Guarda Nacional e especialistas em resgates vindos de vários Estados trabalharam a noite toda sob holofotes para tentar encontrar sobreviventes em Moore, cidade com 55 mil habitantes.

A escola primária Plaza Towers foi uma das cinco escolas na rota do tornado. "Eles (equipes de resgate) estavam literalmente levantando as paredes, e as crianças saíam", disse o sargento da polícia Jeremy Lewis. "Eles retiraram crianças debaixo de blocos de cimento sem um só arranhão."

Nas horas posteriores à tempestade, houve estimativas muito superiores sobre vítimas fatais. Em dado momento, legistas disseram que o número de mortos chegaria a 91, mas nesta terça-feira as autoridades disseram que 24 corpos foram retirados dos escombros, e não 51, como havia sido informado.

A primeira cifra possivelmente continha algumas duplicidades, segundo Amy Elliott, diretora de administração do departamento de legistas locais. "Houve muito caos", disse ela.

Uma tempestade com raios retardou os esforços de resgate nesta terça-feira e dificultou ainda mais as condições para famílias deixadas apenas com a roupa do corpo.

O chefe dos bombeiros de Moore, Gary Bird, prometeu em entrevista coletiva vasculhar "pelo menos três vezes" cada edifício danificado. As autoridades pediram às pessoas que evitem ficar na área para não atrapalhar os trabalhos.

Outro pedido é para que interessados em ajudar doem dinheiro à Cruz Vermelha e a outras entidades gabaritadas, em vez de enviarem bens.

O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou Oklahoma uma grande área de desastre, ordenando ajuda federal para complementar os esforços estaduais e locais em Moore, após o tornado mais mortal do país desde aquele que atingiu Joplin em 2011, deixando 161 mortos.

"O povo de Moore deve saber que o seu país continuará em solo, lá para eles, ao lado deles, o quanto for necessário", disse Obama na Casa Branca.

Autoridades alertaram a cidade 16 minutos antes de o tornado tocar o solo logo após as 15h, que é superior à média de oito a 10 minutos para o aviso.

Os abrigos foram abertos para as famílias que perderam suas casas, e universidades se ofereceram para abrigar as pessoas. O diretor do departamento de gestão de emergências de Oklahoma, Albert Ashwood, afirmou que era muito cedo para dizer quantas pessoas ficaram desabrigadas, mas que claramente eram milhares, dada a extensão dos danos.

(Reportagem adicional de Alice Mannette, Lindsay Morris, Nick Carey, Brendan O'Brien e Greg McCune)

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