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Estados Unidos

Autor de ataque a escola nos EUA tinha 500 munições; polícia evita massacre

Jovem de 20 anos abriu fogo em escola primária, mas ninguém ficou ferido

21 ago 2013 - 20h22
(atualizado às 20h30)
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O americano Michael Brandon Hill, 20 anos, autor do tiroteio na terça-feira em uma escola primária da Geórgia, nos Estados Unidos, carregava cerca de 500 munições e poderia ter atirado contra mais da metade dos estudantes, disse a polícia local nesta quarta-feira.

"Michael Brandon Hill, de 20, ingressou na escola primária McNair Learning Academy, em Decatur (Atlanta), e tinha em seu poder uma AK-47 e levava cerca de 500 munições", disse a porta-voz da polícia, Mekka Parish.

Em entrevista coletiva em Atlanta, Geórgia, nesta quarta, os investigadores revelaram que, antes de sair da escola, Hill tirou uma foto de si mesmo com seu rifle AK-47 e empacotou sua munição.

O jovem entrou na escola ao meio-dia de terça e fez uma funcionária de refém. Ele a obrigou a telefonar para o canal local de notícias Channel 2 para lhes dizer que ele estava armado e ameaçava a escola repleta de crianças.

Depois, a funcionária foi autorizada por Michael a ligar para o número de emergência 911 para deixar uma mensagem, declarando que não tinha como sobreviver, e para pedir que chamassem o escritório de Liberdade Condicional para interceder por ele.

Segundo a imprensa local, Michael Hill tem vários antecedentes criminais por porte de arma sem autorização e por suspeita de ameaças de terrorismo.

Rapidamente, equipes especiais da polícia cercaram o colégio, organizaram a retirada dos menores, "e Michael começou a atirar nos policiais de dentro da escola", relatou o chefe da polícia do condado de DeKalb, Cedric Alexander.

O incidente poderia ter provocado uma tragédia similar, ou pior, ao massacre escolar mais recente nos EUA, em dezembro passado, na escola primária Sandy Hook, em Connecticut. Adam Lanza, também de 20 anos, matou 20 crianças e seis adultos, suicidando-se em seguida.

"Ele teria continuado a atirar nos agentes", acrescentou Alexander, sem revelar como, exatamente, conseguiram convencer o agressor a se entregar à polícia sem deixar uma única vítima.

A Defensoria Pública, que está cuidando do caso de Brandon, reiterou nesta quarta que o jovem tem problemas mentais. "O Escritório dos Defensores Públicos está representando o sr. Michael Brandon Hill, um homem jovem com uma longa história de problemas de saúde mental", informou o órgão.

"O sr. Hill está sendo representado por membros da Divisão de Saúde Mental, e ele decidiu evitar seu primeiro comparecimento na Justiça. Estamos todos muito agradecidos que ninguém tenha ficado ferido nesse incidente e que todas as crianças estejam a salvo", completou a nota divulgada. Hill deverá comparecer em audiência preliminar no dia 5 de setembro.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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