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Estados Unidos

Ataques contra homossexuais aumentam em Nova York, diz polícia

21 mai 2013 - 21h19
(atualizado às 22h16)
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Nova York está vivenciando um aumento nos crimes contra homossexuais, com dois novos ataques poucos dias depois do assassinato de um homem no fim de semana. Dois homens com cerca de 40 anos foram atacados em uma rua do bairro do SoHo, em Manhattan, na manhã desta terça-feira, por dois homens que gritavam insultos anti-gay em espanhol e inglês, deixando uma vítima com uma lesão leve no olho, segundo a polícia.

Na segunda-feira à noite, um homem de 45 anos foi espancado até ficar inconsciente, depois de passar a noite em bares em East Village, também em Manhattan, com um homem que conheceu em um abrigo onde ambos estavam hospedados, disse a polícia.

Os ataques aconteceram após a morte na sexta-feira de Mark Carson, de 32 anos, baleado na cabeça, em Greenwich Village, um bairro muitas vezes descrito como o berço do movimento pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos. A polícia está tratando o caso como um crime de ódio.

Carson, que era abertamente homossexual, foi baleado por um atirador gritando insultos anti-gay, segundo a polícia. Um suspeito identificado como Elliot Morales, 33 anos, foi preso sob a acusação de homicídio em segundo grau, incluindo crime de ódio.

Em entrevista coletiva com o comissário de polícia Ray Kelly, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, chamou os ataques de "desprezíveis". "Ele foi assassinado por causa de sua orientação sexual, e só por causa de sua orientação sexual", disse Bloomberg sobre Carson, acrescentando: "Nova York tem tolerância zero para a intolerância."

"Somos um lugar que celebra a diversidade, um lugar onde as pessoas vêm de todo o mundo para se viver livre de preconceito e perseguição", disse o prefeito.

Os dois ataques não fatais aconteceram após uma marcha realizada na segunda-feira à noite para protestar contra o assassinato de Carson.

A manifestação teve a participação de vários candidatos na eleição deste ano para a Prefeitura de Nova York, incluindo Christine Quinn, presidente da Câmara Municipal. Se eleita, Quinn seria a primeira prefeita mulher e abertamente gay de Nova York.

O comissário de polícia disse que 29 ataques anti-gays foram relatados em Nova York neste ano, contra 14 no mesmo período do ano passado, mesmo com a queda de quase 30% nos crimes de ódio em geral.

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