Assange lutará contra extradição à Suécia, diz advogada
7 dez2010 - 01h00
(atualizado às 02h32)
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O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, lutará contra sua extradição para a Suécia, disse nesta terça-feira um de seus advogados, após as autoridades britânicas receberem um pedido de Estocolmo neste sentido.
Jennifer Robinson, advogada de Assange, afirmou que o australiano provavelmente resistirá à extradição para a Suécia por temer ser enviado aos Estados Unidos.
A promotora sueca encarregada do caso, Marianne Ny, negou no domingo a possível extradição de Assange. "Isto não pode ocorrer em um caso como este. Se alguém é detido e julgado por um tribunal sueco, nenhuma outra autoridade, sueca ou estrangeira, pode simplesmente levar o envolvido", disse.
"Penso que ele gostaria de ser julgado na Grã-Bretanha, e se for enviado aos Estados Unidos, o que representa uma verdadeira ameaça, na minha opinião, um processo justo será quase impossível", disse Robinson à TV britânica.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco