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Estados Unidos

Após perder domínio, WikiLeaks se muda para a Suíça

3 dez 2010 - 07h47
(atualizado às 08h58)
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Após perder de seu domínio original, a fundação WikiLeaks comunicou nesta sexta-feira, via Twitter, a mudança para um provedor na Suíça. O endereço antigo, o wikileaks.org, não está mais ativo pelo menos desde o início da madrugada desta sexta-feira. O novo endereço para acessar o conteúdo da fundação, agora hospedada no espaço suíço, é o wikileaks.ch.

Os milhares de documentos diplomáticos secretos foram divulgados pelo WikiLeaks a vários jornais do mundo
Os milhares de documentos diplomáticos secretos foram divulgados pelo WikiLeaks a vários jornais do mundo
Foto: Reuters

O término do wikileaks.org foi anunciado pela empresa americana que fornecia o DNS (domain name system) anterior, a EveryDNS. EM seu site, ela divulgou uma nota na qual justifica o fim do domínio devido a ataques realizados contra o site da WikiLeaks. Esses ataques estariam pondo em risco a segurança das outras cerca de 500 mil páginas mantidas por ela.

Ontem, ainda, o WikiLeaks já havia perdido o provedor da Amazon. O AWS (Amazon Web Services), de modo similar ao EveryDNS, disse que o WikiLeaks vinha descumprindo termos do contrato. O argumento é de que a organização postava documentos que poderiam causar danos a terceiros.

Nos últimos dias, o WikiLeaks, uma organização especializada no vazamento de informações sigilosas, voltou ao centro das atenções mundiais com a liberação de mais de 250 mil documentos secretos da diplomacia estadunidense. A repercussão da divulgação dos telegramas e relatórios divide-se entre elogios, críticas e muitas dúvidas, enquanto provoca um embaraço no xadrez das relações internacionais.

Vazamentos anteriores

Antes das correspondências diplomáticas norte-americanas, o WikiLeaks já havia vazado relatórios secretos sobre as campanhas dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque, nos quais indicam-se com mais clareza dados referentes a óbitos e a estratégias de combate em ambas as guerras.

No momento, Julian Assange, um dos fundadores da organização, tem contra si um mandato de detenção da Interpol, originado na Suécia, onde é acusado de 'crime sexual'. A defesa do ativista argumenta tratar-se de uma campanha difamatória para impedir a distribuição de novas 'bombas diplomáticas' na rede.

Assange e sua organização foram duramente criticados pelos três vazamentos realizados até agora, mas ele promete que há mais por vir. Não se sabe ao certo seu paradeiro atual.



Fonte: Redação Terra
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