Aniversário da morte de Bin Laden entra na campanha americana
25 abr2012 - 20h27
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Um ano atrás, o presidente Barack Obama vivia um momento triunfal com o anúncio da morte de Osama bin Laden, mas agora, em ano eleitoral nos Estados Unidos, o assunto virou um tema delicado para o presidente democrata e para seus rivais republicanos.
Obama deve citar o primeiro aniversário da ação militar norte-americana em território paquistanês que resultou na morte do fundador da Al Qaeda, em 1o de maio. Mas não irá exagerar nas comemorações, disse um alto funcionário da Casa Branca, refletindo talvez os perigos de dar destaque demais a um fato que fala por si - e que continua sendo polêmico, particularmente entre os paquistaneses, que viram na ação militar uma violação da sua soberania. Já os republicanos, especialmente o seu virtual candidato presidencial Mitt Romney, precisam decidir se essa é uma ocasião para atacar a política externa de Obama, ou para mudar de assunto.
A segurança nacional não tem sido um grande tema na campanha eleitoral deste ano, dominada por preocupações econômicas, mas isso pode mudar - ao menos temporariamente - nos próximos dias. Na quinta-feira, o vice-presidente Joe Biden deve fazer um discurso em Nova York contrapondo a política externa de Obama à suposta inexperiência de Romney. Biden inevitavelmente citará o fim de Bin Laden e outros êxitos dos EUA contra a Al Qaeda desde a posse do atual governo, em 2009.
Num discurso convocado às pressas na Casa Branca em 1º de maio de 2011, Obama anunciou que soldados da força Seal (tropa de elite dos marines) haviam matado Bin Laden na sua casa, perto de Islamabad. Os EUA não informaram o governo paquistanês antes da ação, que ocorreu, pela hora local, na madrugada do dia 2. Ao saberem da morte do homem por trás dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, muitos norte-americanos saíram às ruas no meio da noite para comemorar, recuperando a imagem de um país que sabe ir atrás dos seus inimigos - mesmo que leve uma década.
Para Obama, "este é um momento de ser presidencial e não se preocupar muito com a campanha", disse Clyde Wilcox, professor na Universidade Georgetown. "A ênfase é que a América irá se vingar, e que agimos quando somos atacados. Não para rirmos da desgraça alheia, mas para sermos fortes." Um alto funcionário da Casa Branca disse que, ao citar a data, Obama "irá dar crédito a quem merece crédito", num aceno ao trabalho de localização de Bin Laden feito no governo do antecessor George W. Bush, republicano, e também às forças militares que realizaram a missão.
Para a oposição, ansiosa por derrotar Obama na eleição de novembro, a morte de Bin Laden tornou mais difícil questionar sua política externa, o que tradicionalmente é um trunfo republicano.
O ex-professor Eric Justin Toth, 30 anos, é listado como o homem mais procurado pela polícia dos EUA. Toth, que lecionava em escolas particulares, é acusado de posse de pornografia infantil em Washington e de produzir material pornográfico em Maryland. O FBI acredita que ele seja um "expert" em computadores e ofereça seus serviços de babá pela internet. A polícia oferece recompensa de US$ 100 mil por dados que levem à prisão dele. Veja quem são os dez mais procurados pelo FBI
Foto: FBI / Divulgação
O segundo da lista atual do FBI é Jason Derek Brown, procurado por homicídio e roubo à mão armada em Phoenix, no Arizona. Brown é acusado de atirar e matar um guarda de veículos do lado de fora de um cinema, fugindo com o dinheiro do homem. O foragido fala francês fluentemente e tem mestrado em Negócios Internacionais. Ele frequenta boates e exibe itens de luxo, como veículos e barcos. Por Brown, o FBI também oferece US$ 100 mil como recompensa
Foto: Reprodução
Em julho de 1998, Joe Luis Saenz, terceiro da lista do FBI, teria matado dois membros de uma gangue rival em Los Angeles, na Califórnia. Menos de duas semanas depois, ele teria sequestrado, estuprado e matado a namorada. Saenz teria matado sua quarta vítima dez anos depois. A polícia acredita que ele trabalha para um cartel de drogas mexicano - Saenz é conhecido por viajar entre os EUA e o México. O homem também vale uma recompensa de US$ 100 mil à polícia americana
Foto: Reprodução
Glen Stewart Godwin, o número quatro da lista, cumpria pena por homicídio em 1987 quando fugiu da Folsom State Prison, na Califórnia. No mesmo ano, ele foi preso por tráfico de drogas em Puerto Vallarta, no México. Após ser condenado, Godwin foi mandado a uma prisão na cidade de Guadalajara. Porém, em abril de 1991, o homem teria matado um colega de cela e fugido meses depois. Informações que levem à prisão de Godwin valem US$ 100 mil
Foto: Reprodução
Robert William Fisher é acusado de matar a mulher e dois filhos antes de explodir a casa onde eles viviam, em Scottsdale, no Arizona, em abril de 2001. O foragido tem boa forma física e está acostumado a caçar e pescar. Fisher é conhecido por mascar tabaco frequentemente. Segundo o FBI, ele caminha com uma postura exageradamente ereta, com o peito para fora, devido a uma lesão lombar. A polícia oferece recompensa de mais de US$ 100 mil por informações que levem à prisão de Fisher
Foto: Reprodução
O sexto da lista de mais procurados do FBI é Semion Mogilevich, acusado de participar, entre 1993 e 1998, de um esquema multimilionário que fraudou milhares de investidores em ações de uma empresa pública criada no Canadá, mas com sede em Newtown, no Estado americano da Pensilvânia. Mogilevich é conhecido por fumar muito. Ele utiliza um passaporte russo, mas a polícia acredita que ele também possua documentos falsos de Israel, Ucrânia e Grécia. Sua prisão vale US$ 100 mil
Foto: Reprodução
Eduardo Ravelo foi indiciado no Texas em 2008 por envolvimento em atividades de extorsão, conspiração para lavagem de dinheiro e conspiração para posse de cocaína, heroína e maconha com a intenção de distribuição. Ele começou a cometer crimes em 2003, segundo o FBI. Ravelo pode ter se submetido a cirurgias plásticas para mudar sua aparência e alterar suas impressões digitais. A polícia americana oferece US$ 100 mil por dados que levem à prisão dele
Foto: Reprodução
Alexis Flores é procurado por suposto envolvimento no sequestro e assassinato de uma menina de 5 anos na Filadélfia, no Estado da Pensilvânia. O desaparecimento da criança foi registrado em julho de 2000, e ela foi encontrada morta por estrangulamento um mês depois. A prisão de Flores vale uma recompensa de US$ 100 mil
Foto: Reprodução
O número nove da lista de mais procurados pelo FBI é Victor Manuel Gerena, acusado de participar do roubo de cerca de US$ 7 milhões de uma companhia de seguros em Connecticut em 1983. Ele teria rendido, algemado e amarrado dois seguranças, e injetado uma substância para paralisá-los. A polícia americana oferece US$ 1 milhão de recompensa por informações que levem à prisão de Gerena
Foto: Reprodução
O décimo criminoso da lista do FBI já foi capturado, mas ainda aparece no site da polícia americana. James J. Bulger era procurado por vários homicídios ocorridos entre as décadas de 70 e 80 - ele era líder de uma quadrilha que praticava extorsão, tráfico de drogas e outras atividades ilegais na região de Boston. A polícia oferecia US$ 2 milhões como recompensa por Bulger
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