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Estados Unidos

Analistas árabes qualificam morte de Osama como golpe contra Al-Qaeda

2 mai 2011 - 07h07
(atualizado às 07h33)
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Diversos analistas políticos do mundo árabe qualificaram nesta segunda-feira a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, por tropas americanas no Paquistão, como um "grande golpe" que pode provocar o retrocesso dessa organização terrorista. Por outro lado, várias horas depois da morte de Bin Laden, nenhum governo árabe avaliou o falecimento do máximo representante da Al-Qaeda. "É possível que com o passar do tempo a Al Qaeda retroceda" em consequência da morte de seu líder, disse à agência EFE o especialista egípcio em assuntos islâmicos Fahmi Huweidi.

No entanto, Huweidi disse que este retrocesso não será notado a curto prazo, mas levará algum tempo. Esta opinião não é compartilhada por completo pelo especialista jordaniano no tema Marwan Shehada, para quem a morte de Bin Laden também "minará a moral dos combatentes da Al-Qaeda, pelo menos, durante um tempo". "Acho que Al Qaeda sofreu um revés porque Osama bin Laden era um líder carismático cuja personalidade exercia um grande efeito na tentativa de convencer os membros e diferentes categorias dentro do grupo", explicou Shehada.

Quanto à identidade do substituto de Bin Laden como líder da rede internacional, Shehada nomeou o egípcio Ayman al Zawahiri, atual "número dois" da Al-Qaeda e o líbio Abu Yehia al Libi, um dos dirigentes do grupo terrorista. O analista egípcio do Centro "Al Ahram" para Estudos Políticos e Estratégicos e especialista em mundo árabe, Mohammed Abbas, qualificou o assassinato de Bin Laden como "um grande golpe em matéria de segurança dos Estados Unidos, que pode complicar a situação da Al-Qaeda".

Morte de Osama bin Laden

Na noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte de Osama bin Laden. Antes das forças americanas agirem, o líder dos EUA informou ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, que o terrorista havia sido localizado em mansão em Islamabad, no Paquistão. "Ligamos para o presidente paquistanês para deixar claro que não estávamos declarando guerra ao governo", informou Obama. "Os EUA não estão nem nunca estarão contra o Islã, mas contra a Al-Qaeda e seus líderes", afirmou. Segundo Obama, matar Osama bin Laden era prioridade do governo americano. "A justiça foi feita", disse.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite de domingo a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. Ele disse que "a justiça foi feita", ao anunciar que as forças americanas mataram o terrorista em uma operação ocorrida em uma mansão, localizada em Islamabad, no Paquistão. Jornais de todo o mundo, como o americano The New York Times, imediatamente repercutiram a confirmação da morte de Bin Laden
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite de domingo a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. Ele disse que "a justiça foi feita", ao anunciar que as forças americanas mataram o terrorista em uma operação ocorrida em uma mansão, localizada em Islamabad, no Paquistão. Jornais de todo o mundo, como o americano The New York Times, imediatamente repercutiram a confirmação da morte de Bin Laden
Foto: Reprodução
EFE   
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