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Estados Unidos

Amazon nega pressão dos EUA em bloqueio a WikiLeaks

3 dez 2010 - 13h10
(atualizado às 13h40)
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A Amazon.com anunciou que não hospedará mais o site WikiLeaks, que publicou informações sigilosas e delicadas do governo dos Estados Unidos, mas negou que isso tivesse acontecido como resultado da pressão do governo.

Amazon negou que decisão de não hospedar mais Wikileaks tenha sido por pressão dos EUA
Amazon negou que decisão de não hospedar mais Wikileaks tenha sido por pressão dos EUA
Foto: Reuters

"Houve rumores de que um inquérito do governo nos levou a deixar de atender o WikiLeaks. Isso não procede", afirmou a empresa em comunicado.

"Também surgiram informações de que a decisão foi causada por ataques DDOS (negação de serviço distribuída) em larga escala, o que tampouco procede. Houve de fato ataques DDOS em larga escala, mas nos defendemos com sucesso contra eles", acrescenta o texto.

A Amazon informou que havia suspendido a hospedagem do WikiLeaks porque ele havia violado os termos de serviço, e não devido a um inquérito do Comitê de Segurança Interna do Senado norte-americano, causado pela raiva quanto à divulgação de milhares de documentos sigilosos do governo dos EUA.

Assessores de Joe Lieberman, o presidente do comitê, questionaram a Amazon em função de seu relacionamento com o WikiLeaks, na última terça-feira, e solicitaram a outras empresas de hospedagem na web para boicotarem o WikiLeaks.

O WikiLeaks recorreu à Amazon para manter seu site disponível depois que hackers tentaram sobrecarregá-lo e impedir usuários de acessar as informações sigilosas. O WikiLeaks anunciou que agora está hospedado em servidores europeus.

Em comunicado distribuído na última quinta-feira, a Amazon anunciou que sua divisão Amazon Web Services (AWS) aluga infraestrutura de computação em esquema de self-service. A AWS não realiza verificações preliminares sobre seus clientes, mas impõe termos de serviço que devem ser respeitados.

"O WikiLeaks não os estava respeitando. Havia violações de diversas normas", afirmou a empresa.

Um exemplo mencionado por ela foi que os termos de serviços dispõem que o cliente precisa garantir que é dono ou está licenciado para usar o conteúdo que hospeda no site, e que o uso desse conteúdo não prejudicará outras pessoas ou entidades.

"Fica claro que o WikiLeaks não é dono ou controla os direitos sobre esse conteúdo classificado", afirmou a Amazon. "Não se pode acreditar que o volume extraordinário de 250 mil documentos sigilosos que o site está publicando tenha sido cuidadosamente verificado para garantir que pessoas inocentes não sejam colocadas em risco."



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