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Estados Unidos

Alemanha: espionagem dos EUA está sujeita a consequências penais

6 jul 2013 - 06h04
(atualizado às 06h26)
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<p>Edward Snowden &eacute; acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA</p>
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

A ministra da Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, considerou possível, em entrevista para a edição deste sábado do jornal Süddeutsche Zeitung, que o programa dos EUA está sujeito a consequências judiciais. "Seria totalmente errado descartar a priori uma investigação penal", disse a ministra.

Em sua opinião, a "cobiça por informação" dos EUA deve terminar, já que uma maior quantidade de informação compilada não representa uma maior proteção aos cidadãos, o suposto objetivo dessa estratégia.

"Quanto maior for o palheiro, mais difícil será encontrar a agulha escondida", afirmou Sabine. Após as revelações do ex-técnico da CIA Edward Snowden, a ministra considera que o acordo sobre o compartilhamento de dados de passageiros aéreos entre União Europeia (UE) e EUA deve ficar momentaneamente suspenso.

"Se não recebemos informação exaustiva por parte dos EUA, então não podemos garantir que vamos continuar enviando dados alemães de forma automática às entidades americanas", argumentou a ministra.

O governo alemão se mostrou muito incomodado com o programa de espionagem americano - chegou a tachá-lo de "inaceitável"- e exigiu de Washington explicações detalhadas de suas atividades no território alemão e com as instituições do país germânico.

Merkel falou por telefone esta semana com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e nos próximos dias o ministro do Interior alemão, Hans Peter Friedrich, e um grupo de especialistas, vão até Washington para saber mais detalhes sobre o assunto.

Sabine afirmou ao "Süddeutsche Zeitung" que é preciso resolver essa questão antes do início das negociações com os EUA para um acordo de livre-comércio transatlântico.

Em relação a esse tema, o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, expressou durante a semana que o grupo de trabalho UE-EUA sobre o escândalo de espionagem trabalhará em paralelo com a comissão mista que aborda os detalhes do acordo comercial.

EFE   
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