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Estados Unidos

Advogados de família de autor de tiroteio nos EUA negam vinculação terrorista

4 dez 2015 - 23h38
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Os advogados dos familiares de Syed Farook, um dos autores do tiroteio que deixou 14 mortos nesta quarta-feira em San Bernardino (Califórnia, EUA), pediram "cautela" na hora de estabelecer conexões terroristas e para se evitar esta qualificação até ter "provas factuais".

Em entrevista coletiva, os advogados David Chesley e Mohammad Abuershaid repercutiram as palavras do diretor do FBI, James Comey, que afirmou que "não há indicações" que demonstrem que Farook e sua esposa Tashfeen Malik, mortos na quarta-feira pela Polícia, pertencessem a uma célula terrorista mais ampla.

Os advogados puseram em dúvida que baste indícios em perfis de Facebook para estabelecer uma relação com grupos ou organizações terroristas e disseram que quando se tiver mais informação se poderá saber que fatos estão corretos e quais não.

Em entrevista coletiva anterior, o diretor assistente do FBI em Los Angeles, David Bowdich, informou que o fato de San Bernardino está sendo investigado como "um ato de terrorismo".

Por outro lado, os advogados detalharam que nenhum dos membros da família de Farook tinha conhecimento que algo assim pudesse acontecer, por isso que estão "completamente em choque".

Eles definiram Farook, de nacionalidade americana, como um tipo solitário, introvertido e sem muitos amigos e disseram que alguns de seus companheiros de trabalho zombavam de sua barba.

No entanto, os advogados disseram desconhecer qual poderia ser o motivo do ataque, pediram para não se chegar a conclusões precipitadas e para proteger a comunidade muçulmana da "estigmatização".

"Quando um cristão atira contra (um centro de planejamento familiar) Planned Parenthood ou um católico extremista ataca uma clínica de abortos, nenhuma manchete diz 'um cristão extremista radical' como agora, em que cada manchete diz 'muçulmano' e o relaciona com o incidente", argumentou Chesley.

Os advogados afirmaram que os parentes de Farook sabiam que ele tinha duas pistolas, mas não que os dois (ele e Malik) fossem agressivos ou tivessem opiniões extremistas.

Quanto a Malik, nascida no Paquistão, os advogados explicaram que era principalmente dona de casa, falava um inglês básico e que vestia burca.

Também asseguraram que o bebê de Farook e Malik está neste momento com os serviços de proteção infantil.

EFE   
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