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Estados Unidos

Acusado do atentado na Maratona de Boston é indiciado por 30 crimes

27 jun 2013 - 19h34
(atualizado às 19h39)
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Dhokhar Tsarnaev, acusado pelo duplo atentado durante a Maratona de Boston em 15 de abril, que deixou três mortos e mais de 260 feridos, foi indiciado formalmente nesta quinta-feira por 30 crimes, informou a promotoria federal de Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos).

Segundo a fonte, 17 dessas acusações são punidas com prisão perpétua ou pena de morte.

Entre as acusações, estão "uso de arma de destruição em massa resultando em morte e conspiração; atentado em local público resultando em morte e conspiração; destruição maliciosa de propriedade resultando em morte e conspiração; e uso de arma de fogo relacionado com um crime violento".

Está previsto que Tsarnaev seja apresentado ante a juíza Marianne Bowler no próximo dia 10 de julho, ocasião em que deverá declarar-se inocente ou não dessas acusações.

As autoridades afirmam que Dzhokhar Tsarnaev praticou o duplo atentado com explosivo na linha de chegada da Maratona de Boston junto com seu irmão Tamerlan, de 26 anos, abatido durante um confronto com a polícia.

O jovem de 19 anos também é acusado do homicídio de um agente de segurança do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), assassinado a tiros no dia 18 de abril quando os acusados tentavam fugir de Boston depois de o FBI ter divulgado fotos identificando os irmãos como responsáveis pelos atentados.

Após esse crime cometido em Cambridge (vizinho a Boston), os dois suspeitos entraram em confronto com a polícia em Watertown, no subúrbio. Tamerlan Tsarnaev foi morto, mas Dzhokhar conseguiu escapar.

O jovem foi detido horas depois ferido em um bote no jardim de uma casa, depois de uma verdadeira caçada humana que parou os Estados Unidos durante todo o dia.

Segundo consta na ata de acusação, Dzhokhar escreveu uma nota antes de ser capturado afirmando que o atentado de Boston era um castigo pelas intervenções militares dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque.

"O governo dos Estados Unidos está matando nossos civis inocentes. Não posso aguentar ver tanta maldade sem castigo. Nós, muçulmanos, somos um corpo. Se alguém sofre, todos sofrem", disse o acusado em parte desse texto.

"Parem de matar nossa gente inocente e vamos parar", acrescenta.'

O caso inclui outros três envolvidos, dois cazaques e um americano de origem etíope colegas de universidade de Dzhokhar e acusados de crimes cometidos depois das explosões.

Dois desses jovens, os cazaques Dias Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov, foram indiciados por "conspiração para obstruir a justiça" por terem tentado "destruir e esconder" uma mochila e um computador de Tsarnaev que haviam retirado de seu quarto em um campus universitário após o duplo atentado.

O outro suspeito, Robel Phillipos, acusado de ter mentido para os investigadores, foi colocado em liberdade condicional no dia 6 de maio.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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