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Estados Unidos

Ação antipedofilia em 9 países termina com 255 prisões, dizem EUA

15 jul 2013 - 17h49
(atualizado às 18h18)
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Autoridades prenderam 255 supostos pedófilos em nove países, como parte de uma operação liderada pelos Estados Unidos e que expôs a crescente tendência da "sextorsão", em que menores são chantageados para fornecer imagens pornográficas de si mesmos, disseram autoridades nesta segunda-feira.

A Operação iGuardian aconteceu ao longo de todo o mês de junho sob comando da agência de Fiscalização Imigratória e Alfandegária (ICE) dos Estados Unidos. Ela faz parte de um esforço mais amplo para identificar e resgatar vítimas de explorações sexuais via internet e para prender os abusadores e outros que possuam, comercializem e produzam imagens de pornografia infantil, segundo as autoridades.

"Em muitos casos, os abusadores tiram proveito de uma imagem sexual que a criança divulga em uma sala de bate-papo ou num texto, para forçar a criança a continuar produzindo imagens mais sombrias e mais pornográficas, mediante a ameaça de revelações mais amplas das imagens na internet", disse o diretor da ICE, John Morton, em entrevista coletiva.

Entre 28 de maio e 30 de junho, a agência identificou 61 menores vítimas de exploração sexual nos EUA, Canadá, Indonésia e Holanda, segundo autoridades. "O abuso sexual e a exploração de crianças na internet é um problema disseminado e crescente", disse Morton. "Um número excessivo de crianças sofre abusos de predadores sexuais e é então repetidamente reabusada por meio do intercâmbio digital das fotos e vídeos subjacentes da sua exploração."

Morton apontou uma "perturbadora tendência" envolvendo a sextorsão, que ocorre quando os abusadores coagem ou induzem os menores --geralmente adolescentes-- a enviarem fotos pornográficas de si mesmos. Morton disse que a prática tem crescido nos últimos anos. Segundo ele, a sextorsão pode envolver um grande número de vítimas sofrendo chantagens de um só indivíduo.

Além das 244 detenções feitas nos EUA, 11 outras pessoas foram presas no Brasil, Canadá, Israel, México, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul e Tailândia. A ICE trabalhou com autoridades locais desses países para apanhar os suspeitos, segundo fontes oficiais.

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