O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre uma eventual intervenção na Síria. A declaração foi dada em uma entrevista à PBS NewsHour transmitida na noite desta quarta-feira na rede americana CNN. Nela, Obama endossou que os Estados Unidos concluíram que o regime do presidente Bashar al-Assad é responsável pelo uso de armas químicas no país árabe e que o uso deste tipo de armamento afeta os interesses americanos.
A negação de Obama chega num momento de grande especulação sobre uma ação internacional na Síria, país devastado por uma guerra civil que já consumiu mais de 100 mil vidas desde março de 2011. A hipótese da intervenção, até agora uma variável improvável, ganhou concretude depois que os Estados Unidos anunciaram, por meio do secretário John Kerry, que as forças de Assad são responsáveis pelo uso de armas químicas. Na última quarta, um suposto ataque deste armamento deixou pelo menos 300 mortos, segundo indicaram diferentes fontes.
Desde então, amontoam-se boatos e especulação sobre uma intervenção para conter a violência na Síria. Obama e Kerry afirmaram que o interesse americano não contempla "mudança de regime", mas sim a interrupção do uso desumano de armas proibidas pela ONU. Legalmente, a intervenção ainda é uma realidade distante devido ao impasse com Russos e Chineses no Conselho de Segurança, mas Reino Unido e França já deram indícios de que poderia optar por uma intervenção sem os auspícios das Nações Unidas.
Diante das evidências que aponta para o uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil do país, a comunidade internacional costura a possibilidade de uma intervenção militar para "punir" o governo de Bashar al-Assad. Apesar de teoricamente uma intervenção precisar de apoio do Conselho de Segurança da ONU, algumas fontes aponta que o início de um ataque militar é iminente. Esta eventual ação seria liderada pelos Estados Unidos e reuniria vários países ocidentais, como a França e a Grã-Bretanha, com o apoio de países da região, como a Turquia. Conheça parte do arsenal bélico e das instações desta coalizão para um eventual ataque. Na imagem, o destróier americano USS Gravely, na costa da Grécia, em junho de 2013
Foto: AFP
Avião americano F-16 decolando de base aérea em Azraq, na Jordânia
Foto: AFP
Tanques israelenses nas Colinas de Golã, próximo à fronteira com a Síria
Foto: AFP
Aviões americanos F-15 Eagles
Foto: AFP
Avião americano F-16CJ na base aérea de Incirlik, na Turquia
Foto: AFP
Soldados americanos descarregam mísseis AIM-9 Sidewinder na base aérea de Incirlik
Foto: AFP
Bombas MK-82 na base aérea americana de Incirlik, na Turquia
Foto: AFP
Sistema de defesa Patriot em Kahramanmaras, na Turquia
Foto: AFP
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio-tanque USNS Leroy Grumman, no Mar Mediterrâneo
Foto: AFP
Helicóptero Apache da Real Força Aérea britânica
Foto: AFP
Avião AV-8B Harrier decola do porta-aviões USS Kearsarge, no Mar Mediterrâneo
Foto: AFP
Aviões bombardeiros Tornado da Real Força Aérea britânica
Foto: AFP
Base aérea britânica em Limassol, no Chipre
Foto: AP
Destróier americano USS Mahan
Foto: EFE
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio de guerra USS Gettysburg
Foto: EFE
Destróier USS Ramage
Foto: Reuters
Destróier americano USS Barry, no Mar Mediterrâneo
Foto: Reuters
Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle
Foto: Reuters
Míssil Tomahawk disparado do destróier USS Barry
Foto: Reuters
Bateria de defesa israelense Domo de Ferro, em Haifa