Eslovênia envia soldados e tanques pra sua fronteira com Croácia
A Eslovênia começou a enviar seu exército para a fronteira com a Croácia para aumentar sua segurança diante da chegada em massa de refugiados, informou a televisão pública croata "HTV", que mostrou imagens de soldados na fronteira e longas colunas de carros de combate e caminhões militares.
O governo esloveno já tinha anunciado nesta madrugada que cogitava fazer alterações legislativas para que as Forças Armadas pudessem participar da vigilância da fronteira diante da chegada maciça de refugiados que o governo afirmou ter "superado os limites sustentáveis".
O parlamento esloveno começou a debater esta tarde as emendas legislativas, que devem ser adotadas hoje, para o que é necessária uma maioria de dois terços.
O governo esloveno afirmou hoje que o fluxo de migrantes desde a Croácia "superou os limites sustentáveis" e que na segunda-feira recebeu oito mil pessoas, mas que só duas mil saíram do país para a Áustria, a escala seguinte na rota que os refugiados têm seguido em seu caminho rumo aos países mais ricos da Europa.
O primeiro-ministro esloveno, Miro Cerar, voltou a acusar a Croácia de enviar sem controle milhares de refugiados para seu lado da fronteira.
Já a ministra de Relações Exteriores croata, Vesna Pusic, disse hoje no canal de televisão "N1" que o desdobramento do exército esloveno na fronteira não piorará as relações entre os dois países.
"É um problema que devemos resolver conjuntamente. As acusações mútuas e jogar a responsabilidade de um para o outro não vão ajudar. Se da Grécia partem 10 mil refugiados, vão passar todos por aqui, mas não vão ficar nem na Croácia, nem na Hungria, nem na Eslovênia, todos vão para Áustria ou Alemanha", comentou Pusic.
Contudo, a ministra não descartou que se a Eslovênia fechar sua fronteira, a Croácia também pode fazê-lo.
O primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic, considerou que a crise dos refugiados estará resolvida até meados do primeiro semestre de 2016.
"A Espanha resolveu este problema muito eficazmente, assim fará a Grécia, e com ela a Europa", garantiu.
"Na Grécia funcionará igual a na Espanha, que esteve inundada de migrantes, mas em um momento conseguiu interromper o fluxo com as patrulhas litorâneas. Assim fará a Grécia, com um pouco de ajuda da Alemanha e da Turquia", assinalou o chefe do governo croata.
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