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Oriente Médio

Irã liberta 140 oposicionistas detidos após eleições

28 jul 2009 - 12h44
(atualizado às 12h48)
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Cerca de 140 iranianos detidos durante os protestos contra os resultados das eleições presidenciais de junho, que resultaram na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, foram libertados nesta terça-feira da prisão de Evin, a principal da capital, Teerã.

A decisão foi anunciada após a visita de uma comissão parlamentar ao centro de detenção. Segundo as autoridades do país, cerca de outros 150 detidos, acusados de crimes mais sérios, continuam presos em Evin.

"Os que foram libertados cometeram crimes mais leves", afirmou o porta-voz do Comitê Parlamentar para Segurança Nacional e Política Exterior, Kazem Jalali.

O porta-voz acrescentou que nenhuma figura política conhecida está entre os beneficiados. Milhares de pessoas foram detidas por protestarem contra o resultado das eleições presidenciais do dia 12 de junho no Irã.

Khamenei

Ex-prisioneiros políticos, como jornalistas e blogueiros, reclamam de desrespeito aos direitos humanos na prisão de Evin. Há denúncias de casos de confinamento solitário e uso de táticas brutais de interrogatório e até mesmo tortura.

Nos últimos dias a oposição iraniana denunciou novas mortes de manifestantes na prisão quase todos os dias. Um dos mortos foi o filho de Abdulhossein Rouhalamini, que é assistente próximo de um dos candidatos de oposição nas últimas eleições presidenciais, Mohsen Rezai.

A libertação dos detidos em Evin ocorreu num momento em que o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenou o fechamento de outro centro de detenção de Teerã no qual manifestantes oposicionistas eram mantidos.

A decisão teria sido tomada devido ao fato de os administradores do local, o centro de Kahrizak, não terem preservado os direitos dos detidos.

O líder do judiciário do Irã ordenou a revisão de todos os casos dos que estão mantidos na prisão desde as eleições no país, e o Comitê Parlamentar para Segurança Nacional e Política Exterior investiga as detenções.

Ainda não está claro se os detentos do centro foram libertados ou transferidos para outro centro.

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